Represália

Posto em Pinhais é alvo de atentado pela segunda vez

Os R$ 0,30 a menos no valor do litro da gasolina, em um posto de combustíveis da Rua Clóvis Bevilaqua, no Vargem Grande, em Pinhais, continuam gerando filas de clientes e despertando a ira dos concorrentes. Na madrugada de ontem, o estabelecimento foi novamente crivado de balas.

Por volta das 5h, moradores ouviram disparos e chamaram a Polícia Militar. Ninguém viu o atirador. Sete disparos acertaram uma bomba de combustível, e quatro cápsulas de pistola calibre 9 milímetros foram encontradas no local. É o mesmo calibre da arma usada no ataque da madrugada de 7 de novembro, que atingiram outras bombas, paredes, lixeiras e até o carro de uma empresa de segurança estacionado no pátio.

Câmeras

Diferente do que aconteceu há 15 dias, quando as câmeras do circuito de segurança mostraram o ocupante de um carro branco atirando na direção do posto, desta vez o equipamento passava por manutenção e estava desligado.

O proprietário decidiu adquirir câmeras de melhor qualidade, para gravar imagens com mais nitidez. A falta de qualidade da filmagem do primeiro ataque dificultou a identificação do veículo e dos ocupantes. Mesmo assim, as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontam a participação de duas pessoas, porém o órgão não divulgou detalhes sobre os suspeitos.

Retaliação

O proprietário do posto novamente foi ouvido no Gaeco e acredita que o segundo ataque prova que ele é vítima da máfia dos combustíveis, que já fazia ameaças por telefone. Os concorrentes não admitem que ele tenha optado por manter o preço baixo enquanto que, em quase todos os outros postos, o litro da gasolina saltou para R$ 2,89, antes do feriado de Finados. Apesar do novo atentado, o posto iniciou o atendimento ao público, normalmente, por volta das 7h, e o preço do litro da gasolina foi mantido em R$ 2,59. O coordenador do Gaeco, Leonir Battisti, não quis comentar o caso.

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis) não se manifestou sobre o atentado. Apenas o presidente Roberto Fregonesi está autorizado a falar sobre o assunto, mas está em viagem e não foi localizado.