Revolta inusitada

Policiais são agredidos em prisão de assassino no Parolin

Considerado um dos assassinos mais procurados, Nixon dos Santos Benites, 22 anos, foi preso por policiais da Delegacia de Homicídios, na manhã de ontem, na Rua Assis Figueiredo, Parolin. Ele estava escondido na casa da mãe e foi preso enquanto dormia, segundo a polícia. Nixon fazia parte do chamado “Esquadrão da Morte” que agia no Parolin e responde por dois homicídios. Mas, de acordo com o delegado Rubens Recalcatti, ele é suspeito de pelo menos dez assassinatos.

Em setembro de 2009, Nixon foi preso depois de assaltar uma padaria no Água Verde. Segundo a polícia, ele conseguiu fugir da prisão e estava foragido há três anos. Investigadores chegaram ao endereço por volta das 6h30 para cumprir mandado de prisão e foram recebidos com revolta dos vizinhos, que tentaram bater nos policiais, segundo contou Recalcatti.

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Os policiais tiveram que derrubar uma cerca para entrar na casa, protegida por um muro alto e com um pedaço de madeira trancando o portão. A mãe dele teria se agarrado ao rapaz, tentando impedir que ele fosse preso. Ao ser apresentado na delegacia, na tarde de ontem, Nixon escondeu o rosto e negou os homicídios. “Moro desde que nasci no Parolin e não conheço essas pessoas. Só devo esse 157 (roubo) e vou cumprir a pena”.

Dois crimes atribuídos a ele são as mortes do segurança de um videokê, em maio de 2009, no centro de Curitiba, e de Márcio Guimarães, em dezembro de 2007. Um dos crimes foi cometido durante uma festa. “Sou casado, não posso ir a festas”, alegou. Ele é pai de quatro filhos.