Forças policiais do Paraná e do Maranhão prenderam quatro pessoas suspeitas de clonar celulares de políticos e usar o aplicativo de mensagens WhatsApp para aplicar golpes em seu nome. A operação, batizada de ‘Swindle’, que significa fraude em inglês, cumpriu ordens judiciais de busca e apreensão e prisões preventivas nos dois estados, na manhã desta terça-feira (17) .

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Além das prisões, foram apreendidos dois carros de luxo, computadores e diversos celulares, usados nos golpes. Outras duas pessoas, uma mulher e um vendedor, haviam sido presas em junho, suspeitas de participarem da ação. A dupla teria emprestado contas bancárias para depósitos dos valores subtraídos das vítimas.

A investigação ficou com a Polícia Civil do Maranhão, que contou com o auxílio da Polícia Federal daquele estado e da Polícia Civil do Paraná para realizar a operação desta terça. Os suspeitos foram autuados pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

Vítimas

Diversos políticos tiveram seus telefones clonados pela quadrilha. No Paraná, a governadora Cida Borghetti chegou a ser alvo dos bandidos, além dos deputados Aliel Machado, Christiane Yared, Luciano Ducci, Luiz Cláudio Romanelli e Sandro Alex. Outras figuras do alto escalão da política nacional também passaram pelo problema, como os ministros Carlos Marun, Eliseu Padilha e Osmar Terra.

Funcionamento

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O primeiro alvo da polícia foi o chefe da quadrilha. Ele foi o hacker que invadiu um grupo de conversa, descobriu o número de várias autoridades e clonou os chips para aplicar os golpes. O homem foi preso em sua residência, localizada num bairro nobre de São Luís-MA.

Segundo Leonardo Carneiro, delegado-titular da Delegacia de Estelionato de Curitiba, a organização criminosa aliciava laranjas, como os dois presos em junho, para abrir contas e receber as transferências bancárias dos contatos das vítimas.

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O bando clonava as linhas telefônicas, se passava pela vítima e solicitava empréstimos dos contatos do titular da linha clonada. Somente este ano o chefe da quadrilha adquiriu cerca de 80 chips e todos foram adulterados. Em alguns casos, os golpistas encaminhavam boletos a serem pagos.

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