A Delegacia de Homicídios continua fazendo buscas por Rafael Pereira, o homem acusado de matar pai, esposa e filho na noite de quarta-feira (06), no Tatuquara. De acordo com a polícia, ele cometeu o crime ao lado do irmão, Rogério Pereira, 30 anos, que já está preso.

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Testemunhas contaram para a polícia que, há um mês, a família encontrou no meio de entulhos um motor velho de caminhão. Os irmãos teriam tomado esse motor da família.

João Carlos Scholz, 44 anos, pediu então R$ 100 pelo motor, mas os irmãos teriam ficado irritados e passaram a ameaçar a vítima. As testemunhas garantem que eles já estiveram armados na casa de João, desferindo ameaças.

Os investigadores procuraram pelos irmãos, e o sogro de Rafael chegou a ser ouvido dizendo que os suspeitos estavam num culto com ele na hora do crime. A versão não convenceu.

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As buscas continuaram e no início da tarde de quinta, Rogério foi preso no mesmo bairro. Em depoimento, ele disse que estava em casa na hora do crime e ouviu os disparos.

Para a imprensa, ele negou. Disse que João Carlos, o filho e a esposa estavam trabalhando em uma área invadida, e que foram ameaçados pelo dono do terreno, em uma chácara.

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“O filho do dono da chácara não se dá bem com o meu irmão e incriminou ele por causa disso”, afirma. Apesar de já ter antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo, ele disse que não anda mais armado e também não sabe de nenhuma arma de propriedade do irmão.

Investigação

O delegado Danilo Zarlenga, responsável pela investigação, apurou que a família que morreu no Tatuquara era pobre, e por isso pediu o dinheiro referente ao motor encontrado nos entulhos.

A investigação aponta que Rogério estava junto na casa, na hora do crime, e que ele e Rafael realmente são os autores dos disparos. “Eles tomaram o motor dessa família. São valentes, bandidões, e não gostaram de ser cobrados”, afirma o delegado.

Rafael já esteve preso por outro homicídio e por portar um fuzil, também no Tatuquara. Quem tiver informações sobre a localização dele pode fazer denúncias para a DH através do telefone (41) 3360-1400.

O Crime

João Carlos jantava e Anderson Maia da Rocha, 24, assistia televisão com a madrasta, Marta Maia, 43, quando todos foram mortos com tiros na cabeça às margens do quilômetro 147 da Rodovia do Xisto, em uma área de invasão conhecida como Vila Sapo. Apesar de alguns integrantes da família serem usuários de drogas, qualquer relação com o tráfico foi descartada pela polícia depois da prisão de Rogério.