Após fim do regime emergencial

Passagem de ônibus mais cara em Curitiba? Aumento já está previsto para 2022

Valor da passagem do transporte coletivo em Curitiba está congelado desde 2019. Foto: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo

Após encerrado o atual regime emergencial no transporte coletivo de Curitiba, previsto para o fim de fevereiro de 2022, o preço da passagem dos ônibus deve sofrer um aumento. A informação foi confirmada pelo presidente da Urbs, Ogeny Maia Neto, em entrevista à Gazeta do Povo na tarde desta segunda-feira (6). A empresa, responsável pela administração do transporte coletivo na capital, está negociando um convênio com o governo do Paraná para que o aumento “tenha o menor impacto possível nos passageiros”, como explicou Maia Neto.

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O presidente da Urbs evitou falar em percentuais de reajuste e datas para que o novo valor das passagens passe a ser cobrado. Mas ele apresentou algumas justificativas para o futuro aumento na tarifa. Uma delas é o retorno gradual do volume de passageiros do sistema. Na avaliação de Maia Neto, o impacto dos aplicativos de transporte vem diminuindo pelo fato de “a gasolina hoje estar [com] um valor inviável”. Mesmo assim, a quantidade de pessoas usando – e, assim, custeando – o sistema não deve ser o mesmo de antes da pandemia.

“Nós estamos sentindo que há um retorno gradual por parte dos passageiros. Estamos na faixa de 70% deste volume, mais ou menos. Acreditamos que este retorno já está perto do teto para o ano de 2022, quando se espera restabelecer a normalidade após a pandemia. Acreditamos que o novo patamar será de aproximadamente 80% do volume de passageiros que tínhamos antes da pandemia, em 2019. Dificilmente vai ultrapassar esse valor”, estimou o presidente.

Tarifa técnica do transporte em Curitiba está em R$ 7,15


Outro fator apresentado por Maia Neto para explicar o futuro aumento nas tarifas é o valor da chamada tarifa técnica, o custo real da passagem para que o sistema não sofra desequilíbrio financeiro. Para os passageiros, o valor é o mesmo desde 2019, R$ 4,50. Mas nas contas da URBS, este valor atualmente está em R$ 7,15 – durante o período em que o regime emergencial deixou de vigorar, entre junho e outubro, esta tarifa ficou ainda mais alta, e foi estimada em R$ 8,11.

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“Estamos mantendo conversas com o Governo do Estado, porque eles também têm uma responsabilidade sobre parte destes valores, visto que o sistema é todo integrado com a Região Metropolitana. O passageiro da Região Metropolitana tem uma interferência no transporte coletivo urbano, uma vez que nós precisamos dispor de mais ônibus para transportar o volume de pessoas que chegam e saem daqui no horário de pico. Estamos negociando com o governo do estado para que façamos um convênio para que esta diferença seja paga parte pelo município, parte pelo estado”, disse o presidente da Urbs.

Segundo Comec, metade da arrecadação com passagem no transporte metropolitano fica com a Urbs

Procurada pela Gazeta do Povo, a Coordenadoria da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) confirmou que há um convênio vigente entre o estado e o município para subsidiar parte do preço das passagens. O valor do convênio, R$ 40 milhões, já foi totalmente repassado pelo governo do Paraná à prefeitura de Curitiba, e o contrato segue em vigor até janeiro de 2022 – podendo ser renovado caso haja interesse entre as partes.

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A Comec também informou à reportagem que a “interferência” dos passageiros metropolitanos no sistema de transporte coletivo municipal citada pelo presidente da Urbs já é devidamente remunerada. Em nota, a Comec informou que “todo usuário metropolitano, ao embarcar no sistema de transporte em seu município de origem, paga a tarifa para o sistema da Comec”.

No caminho de volta, explica a nota, o passageiro paga a tarifa para o sistema da Urbs. “Ou seja, 50% da arrecadação oriunda do usuário metropolitano já fica em poder da Urbs, sendo um ganho para o sistema de Curitiba. Porém os veículos da Urbs não fazem o trajeto até os municípios vizinhos, serviço a cargo da Comec, mesmo sem a devida arrecadação”, alega a coordenadoria.

Por fim, a nota informou que representantes da Comec estarão em Brasília na próxima quarta-feira (15) participando de uma reunião no Congresso Nacional. Na pauta do encontro está a possibilidade de reivindicar que parte do dinheiro liberado pela PEC dos Precatórios seja utilizada no custeio do sistema de ônibus.

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