Paraná registra uma queda de 36% na mortalidade materna

O Paraná registrou uma queda de 36%, de janeiro a setembro de 2011, no número de mortes em decorrência de complicações na gestação, no parto ou no pós-parto, em comparação com o mesmo período de 2010. De acordo com o Ministério da Saúde, a redução registrada no Paraná foi maior do que a média nacional (21%).

Nos primeiros nove meses do ano passado, o Paraná registrou 49 mortes de mulheres em decorrência de complicações na gravidez e no parto, 28 casos a menos que no mesmo período de 2010. “É uma queda significativa. Entretanto vamos aguardar até o fim do ano para fazer uma análise mais ampliada da situação no Estado. Queremos reduzir ainda mais a quantidade de casos e estamos trabalhando para isso”, disse o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto.

De acordo com o secretário, um fator que pode ter contribuído para a redução é a ampliação das investigações dos casos de morte materna no Estado. O índice de identificação das causas chegou a 76% no ano passado. A Secretaria da Saúde investiga, juntamente com os municípios, as mortes de mulheres em idade fértil (entre 10 e 49 anos). Os comitês de mortalidade materna analisam as circunstâncias de cada óbito e apontam se podem ou não ser classificados como morte materna.

O fortalecimento da atenção primária à saúde, por meio de capacitações e do repasse de recursos pelo programa Apsus (Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde), também contribuiu para a redução.

Investimento

Para 2012 estão previstos R$ 90 milhões para a total implantação da Rede Mãe Paranaense. “A rede será mais um passo para reduzirmos estes índices. São ações estruturadas de acompanhamento desde o pré-natal, passando pelo parto, até a criança completar um ano”, afirmou o secretário.

Os programas Apsus, Comsus, Hospsus e Farmácia do Paraná atuam com incentivos municipais, capacitações e definição de contrapartidas para apoiar as redes de atenção à saúde no Estado. “Com a implantação do Hospsus em 2011, por exemplo, reduzimos em 90% o déficit de leitos de UTI neonatal do Estado e estamos prestes a zerar esse déficit” afirma a superintendente de Atenção à Saúde da secretaria, Márcia Huçulak.

No início de 2011, a secretaria identificou que faltavam cerca de 100 leitos de UTI neonatal e hoje esse déficit é de apenas 19 leitos nas regiões Noroeste e Oeste. Já existe previsão de oferta desses leitos para a região de Paranavaí e Cascavel.