Importante obra

Parada há meses, obra da Barragem do Miringuava só será retomada quando chuva parar

Ao custo de R$ 160 milhões, a represa é a maior aposta do governo do Paraná para reforçar o abastecimento em Curitiba e Região Metropolitana.
Ao custo de R$ 160 milhões, a represa é a maior aposta do governo do Paraná para reforçar o abastecimento em Curitiba e Região Metropolitana. Foto: Arquivo/ Divulgação/AEN.

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) mantém a programação de retomada da construção da Barragem do Miringuava, em São José dos Pinhais, para março após quatro meses paralisada. Ao custo de R$ 160 milhões, a represa é a maior aposta do governo do Paraná para reforçar o abastecimento em Curitiba e Região Metropolitana. A represa terá capacidade de armazenar 38 bilhões de litros de água, com produção de 2 mil litros por segundo. A situação das chuvas já atrapalhou as obras da represa em julho de 2021.

Mas a própria empresa admite que a chuva, que tanta falta fez no período de racionamento de água na capital e cidades vizinhas nos últimos dois anos, pode mais uma vez atrasar o cronograma. E não só do retorno da obra, como o da própria conclusão da represa, que já deveria estar em operação desde o fim de 2020 não fossem justamente as pancadas de água. A obra do Miringuava promete melhorar o abastecimento de água na Grande Curitiba.

A Sanepar interrompeu a obra em novembro do ano passado já prevendo que o grande volume de precipitações do verão prejudicaria o trabalho. A previsão se confirmou, já que essa mesma chuva também permitiu que Curitiba e Região finalmente saíssem do rodízio, com a capacidade dos quatro reservatórios da região atingindo a meta de 80% de armazenamento de água.

Barragens são construídas a partir da contenção de grandes maciços de terra, o que exige que o solo esteja completamente seco. Se houver umidade infiltrada, os blocos de terra podem se movimentar, colocando em risco os operários. Por isso, qualquer volume de chuva, por menor que seja, atrapalha a evolução do Miringuava. A cada dia de chuva, a obra tem que ser paralisada por outros três dias até que o solo seque completamente.

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“Com chuvas localizadas na região, não há possibilidade de evolução dos trabalhos. Antes de considerar prazo, a companhia tem que considerar a garantia plena de segurança na obra”, enfatiza a Sanepar em nota à reportagem. “No período de suspensão dos trabalhos, são mantidas as mínimas condições para garantir a preservação das obras já realizadas, com equipe reduzida e consequente diminuição de custos da operação”, complementa a direção da companhia de saneamento.

Barragens são construídas a partir da contenção de grandes maciços de terra, o que exige que o solo esteja completamente seco.
Barragens são construídas a partir da contenção de grandes maciços de terra, o que exige que o solo esteja completamente seco. Foto: Divulgação/AEN.

A previsão do Instituto Meteorológico Simepar é de que a chuva se mantenha diária em São José dos Pinhais pelo menos nas próximas duas semanas, até 18 de março. Porém, em 20 de março começa o outono, estação que marca o período seco do ano.

Se a Sanepar conseguir retomar a construção do Miringuava ainda em março, a previsão é de que a primeira fase da obra de contenção termine quatro meses depois, em setembro. “Porém, mais uma vez, é importante destacar a necessidade de condições climáticas favoráveis para que este prazo seja alcançado”, reforça a Sanepar na nota.

Quando a chuva vai ajudar o Miringuava?

No momento em que as obras terminarem, o cenário vai se inverter: aí a Sanepar vai precisar de muita chuva no Miringuava para encher o reservatório. A previsão é de que a represa comece a se encher de água entre 8 e 12 meses após o fechamento das comportas.

“Neste caso, as condições climáticas também influenciarão. Porém, nesta fase, é o contrário da fase de obra do maciço. Para completar o nível de água da barragem, é necessário que as chuvas ocorram de forma abundante e com intensidade”, afirma a empresa.

A Sanepar explica que o fato de a bacia do Rio Miringuava estar na Serra do Mar atrapalha o andamento da obra, mas colabora no armazenamento de água. “A umidade, a bacia de contribuição e a ocorrência de chuvas no local vão favorecer o enchimento da barragem e a manutenção dos níveis após o início da reservação de água”, argumenta a empresa.

Miringuava vai colaborar para o rodízio não voltar?

Ao anunciar em janeiro o fim do racionamento de água em Curitiba e Região Metropolitana após 22 meses, o presidente da Sanepar, Claudio Stedile, garantiu que até o fim de 2022 não haverá mais rodízio no abastecimento.

Isso graças às obras que a companhia têm feito no sistema. Como a transposição do Rio Capivari para a bacia do Rio Iraí, que abastece a barragem de mesmo nome em Piraquara. Só essa obra em 2021 garantiu o acréscimo de 700 litros de água por segundo ao sistema.

Apesar de o próprio governador Carlos Massa Ratinho Junior ter citado o Miringuava como uma dessas obras que garantiriam o abastecimento ao longo desse ano, a Sanepar não coloca a represa nessa conta.

“A Sanepar não prevê ainda a contribuição da barragem do Miringuava no período de 2022. O que está garantindo a suspensão do rodízio são as várias obras realizadas pela Sanepar e o regime de chuvas favorável para a reservação de água”, explica a empresa.

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