Referência em escultura e com trabalhos de grande relevância no cenário nacional e internacional, o escultor e pintor Luiz Antônio Gagliastri vem deixando os banhistas do litoral do Paraná impressionados com suas novas obras. Uma tartaruga e uma baleia estão expostas no calçadão da Praia Brava de Caiobá com o objetivo de trazer a reflexão sobre o uso incorreto no descarte de plásticos que são jogados constantemente ao mar.

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De acordo com estimativas de órgãos de proteção animal, 100 mil espécies marinhas morrem todos os anos em decorrência da contaminação de plástico nos oceanos. Segundo projeções, se o processo de contaminação dos oceanos por resíduos sólidos continuar a ser executado como atualmente, em 2050 haverá mais lixo do que peixes nos mares de todo o mundo.

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Com esses números negativos e na tentativa de impactar os banhistas que estão no começo do ano nas praias paranaenses, Luiz Gagliastri fez as duas esculturas de oito metros em Caiobá.

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“São três mensagens bem claras que informam a morte de animais marinhos em todos os lugares do planeta devido a quantidade ingerida de plásticos e micropartículas. Pretendemos reforçar para as indústrias de material de garrafas pet que procurem usar o plástico biodegradável que já existe no mercado. Além disso, os jovens precisam lutar pelo planeta e não esperar as autoridades para fazerem algo. No fim do ano, foram 3 km de plástico na praia”, disse o escultor curitibano.

Tartaruga e baleia chorando

A repercussão com as obras tem sido constante no litoral, especialmente com as crianças. No caso da tartaruga-verde (Chelonia Mydas), o artista retrata uma lágrima saindo do olho e isso causa comoção entre os pequenos observadores.

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“As crianças se emocionam demais, pois no caso da tartaruga ela está com uma lágrima. Elas descrevem perfeitamente o que eu quis dizer com a escultura, pois os animais comeram a garrafa e estão chorando. Isso impacta demais na cabeça de uma criança. Já a baleia jubarte tem o ventre arrebentado, com o filhote, coração e tripas saindo para fora”, relatou Luiz.

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Além da observação da arte, as pessoas podem participar do projeto no local. Um muro de areia com a inscrição BASTA foi confeccionado e os apoiadores podem assinar. “As pessoas colocam as mãos como se estivessem assinando que estão concordando com o projeto. É uma maneira de interação e convido todos a participar”, completou o craque da escultura paranaense.