Injúria racial

Mulher negra pede para passageiro usar máscara e recebe bilhete “volta pra senzala”

A passageira de um ônibus que voltada de Porto Alegre para Curitiba denunciou ter sofrido injúria racial após receber bilhete racista. Foto: Reprodução/RPC

A Polícia Civil investiga um caso de injúria racial sofrida por uma passageira de um ônibus, num ônibus que voltada de Porto Alegre para Curitiba. A vítima, uma mulher que preferiu não se identificar, recebeu um bilhete racista após pedir para um passageiro usar máscara facial – o homem teria viajado horas ao lado dela, e se recusou a utilizar a proteção.

O bilhete, escrito a mão, dizia: “Cuidado. O covid pega em pessoa ignorante e energúmena como você! Você faz parte da massa de manobra, ridícula!”. No verso, a ofensa continua: “Volta pra senzala”.

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“Ele sentou ao meu lado já se pronunciando, dizendo que não ia fazer o uso da máscara. E aí o motorista antes de seguir viagem passou informando que é, é obrigação de todos fazer o uso da máscara né, no transporte de uso coletivo. Aí ele foi, colocou a máscara e aí durante a viagem ele tirou a máscara diversas vezes”, contou a mulher, em entrevista ao jornal Boa Noite Paraná, da RPC.

Durante a viagem, a mulher teria pedido pelo menos três vezes para que o homem ao seu lado colocasse a máscara e disse que em uma das paradas, o motorista repassou as orientações dos protocolos de segurança. Mesmo assim, o homem voltou a ignorar as normas de segurança, retirando a máscara.

“Ele disse que não iria usar, me chamando de ignorante e que ‘esse vírus aí, tá aí tão letal e você acha que uma mascarazinha vai conter?'”, relembra a mulher.

Quando vagou uma poltrona no ônibus, a mulher decidiu mudar de lugar e foi nessa poltrona que ela recebeu o bilhete com as ofensas.

Ao chegar em Curitiba, a mulher foi até a delegacia e fez um boletim de ocorrência registrando o que aconteceu durante a viagem e entregou o bilhete para a polícia, que já está investigando o caso.

“Dói. Eu, uma mulher negra, sozinha, viajando numa viagem exaustiva de 12 horas, ter que ser ofendida dessa maneira, realmente magoa muito”, desabafou.

A Viação Catarinense, dona do ônibus, enviou uma nota para a RPC, dizendo que repudia qualquer forma de discriminação e preconceito. A empresa afirma operar de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, e se coloca a disposição das autoridades para contribuir com a apuração da ocorrência.

Quanto aos protocolos de segurança, a Viação Catarinense disse que os motoristas são treinados para orientar os passageiros antes de iniciar as viagens sobre a obrigatoriedade do uso da máscara no início da viagem, durante todo o trajeto. E a mensagem pode ser reforçada quando os passageiros solicitam apoio aos motoristas.

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