Uma mulher suspeita de desviar cerca de R$ 600 mil da empresa em que trabalhava foi conduzida à Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), em Curitiba. A ação foi desencadeada na tarde de ontem, terça-feira (7), quando Fernanda Prado Rosa, 28 anos, e outras nove pessoas foram conduzidas para prestar esclarecimentos.

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Mulher comprou carros e casas com grana desviada. Foto: Átila Alberti

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Emmanoel David, a fraude vitimou uma empresa de revenda de veículos, onde a funcionária foi responsável por toda parte financeira de 2012 até 2014 e entre 2016 e janeiro de 2017. Essa companhia demorou para perceber o desvio e procurou a delegacia somente depois que o “rombo” se tornou perceptível.

“Essa moça, então, foi trazida por condução coercitiva e confessou todos os fatos, indicando veículos que comprou com os valores, a casa na praia que adquiriu e reformou, e até contas de outros familiares que ela pagou dizendo que estava usando bonificações que recebia, já que seu salário não justificava tantos gastos”, disse.

Entre esses bens estão uma moto Honda CB 650, um veículo Fusion, um Ford Focus e um Pálio. Além disso, as contas bancárias da suspeita e de seu marido foram bloqueadas judicialmente, assim como a residência no litoral catarinense com piscina e outra casa em Curitiba a fim de ressarcir a vítima.

Polícia apreendeu três carros, moto e bloqueou contas bancárias da suspeita. Foto: Átila Alberti
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Com isso, o delegado explica que Fernanda responderá por diversos crimes. “O primeiro é furto qualificado mediante fraude. Além disso, ela tentava esconder patrimônio que conseguiu com o crime, o que faz com que responda por lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. Para completar a lista, também existe associação criminosa por atuar com mais duas pessoas, com pena total de mais de dez anos de prisão”.

Segundo ele, entre esses comparsas está um primo que recebeu mais de R$ 90 mil em valores desviados e também o marido da vítima. Ambos foram indiciados e respondem em liberdade.

A defesa nega

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De acordo com o advogado de defesa, Giuliano Henrique Wendler de Mello, não há indícios concretos que provem os desvios. “Em uma posição de confiança dentro das empresas é muito comum que o patrimônio se confunda porque o funcionário paga contas com o dinheiro dele e depois transfere o valor da empresa para sua conta. Além disso, a renda dela não era só dessa função porque existem investimentos e ajuda de outras pessoas. Ela não deve nada e está somente colaborando com a Justiça. Vamos reunir documentos e recuperar os bens que pertencem a ela”, afirmou.

Foto: Átila Alberti