Segundo a advogada Sylvia Malatesta, que representa o MTST, as famílias ocuparam o terreno no final da tarde desta sexta-feira (27). “São pessoas que não têm condições de arcar com o aluguel, ainda mais num momento de crise que o país enfrenta, e que querem, pelo menos, uma negociação sobre o direito à moradia digna”.
Conforme a advogada, a escolha do terreno foi justamente por pertencer a uma empresa e por haver a intenção das famílias de se construir moradias. “Mas não houve acordo com os proprietários e agora, caso tenha alguma decisão da Justiça, vamos avaliar o que fazer”.
Os representes da empresa Piemonte, dona do terreno, informaram à Tribuna do Paraná que advogados já trabalhavam para a reintegração de posse. A liminar foi pedida na Justiça e seria avaliada pelo plantão judiciário. A empresa deve se manifestar em nota oficial.
Em contrapartida, a PM informou que, por ainda estar em período de flagrante, a retirada das pessoas poderia e seria feita. Os policiais tentavam negociar uma saída pacífica do local.
Ao final da tarde, uma reunião foi feita entre as pessoas que ocupavam o terreno e representantes, e decidiram sair. As pessoas perceberam a chegada do reforço policial e optaram por não entrar em confronto com os policiais.
