História mal contada

Morre mulher que estava em coma com suspeita de envenenamento em SP

Foto: Pixabay
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A nutricionista curitibana de 35 anos, que estava internada num hospital de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, com suspeita de envenenamento, morreu no Hospital de Clínicas da cidade paulista no final da manhã desta terça-feira (22). A polícia paulista investiga o caso, para verificar se há algum indício de morte criminosa.

A mulher – que por enquanto não terá o nome divulgado a pedido da família – conheceu um rapaz pela internet há dois anos. Começaram um relacionamento, mas romperam no início deste ano. Ele chegou a fazer ameaças à mulher, que deu queixa contra ele em Curitiba. Mas, passados alguns meses, reataram o namoro e o rapaz veio visitá-la na capital paranaense. Sua chegada causou estranheza à família da nutricionista, já que ele mal apareceu na casa dela. Eles foram para um hotel, onde ficaram três dias antes dele voltar a Ribeirão Preto, onde mora.

Semanas depois, conta o irmão dela, a nutricionista decidiu que iria para Ribeirão Preto, porque ela e o namorado ficariam noivos. Mesmo sob protestos da família, que notava um relacionamento fora do comum, ela foi, sem deixar endereço nem telefone do namorado.

Uma semana depois, os familiares receberam um telefonema, que ela estava internada no hospital em estado grave, com sintomas (paralisia e falência de alguns órgãos) compatíveis com envenenamento. A agonia dos médicos era que eles não conseguiam descobrir qual tipo de produto ela teria causado o problema. Após diversos testes, para uma série de substâncias, sem resultado positivo. A jovem ficou 10 dias internada, em coma induzido, até falecer por uma uma complicação no pulmão, nesta terça.

Investigação

A família registrou a situação na Delegacia de Defesa da Mulher de Ribeirão Preto. Inicialmente, a polícia classificou o BO apenas como um informe não delituoso. Mesmo assim, investiga-se a possibilidade de crime. A sequência vai depender de um laudo do médico-legista, que fez a necropsia na jovem após o óbito. O fundamental, conforme a família, é saber o que causou o estado clínico apresentado pela jovem. Na visão da família, a nutricionista tinha ótima saúde física e seria remota a possibilidade de uma doença súbita que pudesse causar a morte dela.

As pessoas que estiveram com a nutricionista nos últimos dias, antes dela ser internada, também podem ser ouvidas, incluindo o namorado e os donos e funcionários do motel onde o casal estava hospedado, mesmo local onde o namorado trabalha.

A Delegacia de Defesa da Mulher não deu detalhes da investigação, mas emitiu nota dando conta que está investigando o caso. “Informamos que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher e para não atrapalhar as investigações, não forneceremos mais detalhes.”

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