Morreu Kongjian Yu, importante arquiteto paisagista e urbanista chinês, criador do conceito das cidades-esponja, que prevê a adoção de áreas verdes, como parques arborizados e alagáveis, que deem espaço e tempo para a água ser absorvida pelo solo após as chuvas. O conceito cidade-esponja é seguido por Curitiba, que conta com grande quantidade de parques alagáveis justamente com a finalidade de evitar problemas de inundação a seus moradores.
Yu tinha 62 anos e foi uma das vítimas da queda de avião no Brasil, na cidade de Aquidauana, Mato Grosso do Sul, na região do Pantanal. Ele veio ao país, na semana passada, para uma palestra na abertura da Bienal de Arquitetura de São Paulo, que ocorre no parque Ibirapuera, zona sul da cidade, e onde também estão expostas algumas de suas obras.
“Não se deve lutar contra a água”
Professor da Universidade de Pequim e consultor do governo chinês para projetos em várias cidades, ele defendia que não se podia lutar contra água, então era preciso espaços nas cidades para evitar a devastação com enchentes indo contra as abordagens tradicionais, de instalação de canos de drenagem, muros de contenção ou de canalização de rios entre diques de concreto.
Uma das inspirações de Yu foi o fato de ter crescido numa vila na província de Zhejiang, num período próximo ao fim da Revolução Cultural. Na juventude, observou como as gerações mais velhas tinham, nas suas palavras, feito amizade com a água, em vez de combatê-la, com agricultores construindo terraços e lagoas para direcionar e armazenar o excesso de água durante as estações chuvosas.
Curitiba cidade-esponja
O conceito de “cidade-esponja”, criado pelo arquiteto Kongjian Yu, consiste em uma cidade com áreas verdes “alagáveis”, tais como os parques de Curitiba, que ajudam a preservar os recursos naturais para manter e melhorar a impermeabilização dos solos e assim reduzir o risco de inundações na cidade.
Curitiba cidade-esponja: A ideia consiste em usar a capacidade natural dos lagos, árvores, arbustos, solo e galerias pluviais para permitir o escoamento da água para locais onde ela não cause maiores danos em áreas residenciais. Ao reter e reduzir a velocidade da água, esses parques alagam e se tornam temporariamente bloqueados para o uso dos cidadãos.
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