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Uma manifestação de moradores da Vila Torres bloqueou totalmente o fluxo de veículos na Avenida das Torres e Rua Guabirotuba, no sentido Jardim Botânico, na tarde desta segunda-feira (22). Pneus, madeiras e resto de móveis estão sendo queimados no local como forma de protesto contra a morte de duas pessoas neste final de semana após um tiroteio na região.

Uma faixa contra o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foi mostrada pelos manifestantes, que acusam a Polícia Militar de forjar um tiroteio para executar dois moradores. No local, o clima era de muita tensão e mais de quinze viaturas – entre carros e motos – fizeram bloqueios na região, para garantir a segurança de motoristas que passavam por lá. Além disso, dois helicópteros faziam rondas na região.

Em uma conversa com a Tribuna, Henrique Cardoso, 18 anos, primo de uma das vítimas, contou que estavam em festa de família quando foram abordados pela polícia.

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“Nós estávamos em uma festa de uma parente, quando os policiais chegaram meu primo saiu correndo e levou dois tiros nas costas. A minha prima tentou correr também e foi baleada por um fúzil. Eles não tinham passagem, e jogaram uma arma no local, para culpar eles. Meu primo nunca pegou em uma arma na vida. Nós não queremos vandalismo, queremos justiça”, desabafou.

A Polícia Militar foi procurada pela reportagem para explicar o caso, mas deve enviar um posicionamento nos próximos dias.

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O caso

Duas pessoas morreram depois de um confronto com policiais militares na madrugada deste domingo (21), na Rua Josefina Zanier, no bairro Prado Velho, em Curitiba. A ação da PM aconteceu depois que um grupo teria apontado armas para os policiais, que reagiram. Entre os mortos, estava uma jovem, que a polícia acredita que possa não ter participado efetivamente do confronto.