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Paraná só vacinou 50% da meta da campanha contra sarampo e polio

Foto: Pedro Serápio/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Pedro Serápio/Arquivo/Gazeta do Povo

Faltando 10 dias para o fim da campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo no Brasil, o Paraná alcançou apenas 53% da meta até a última segunda-feira (20), mesma média alcançada no país, que ficou em 51%. Foram aplicadas 315.231 doses contra a pólio (54,23%) e 310.038 contra o sarampo (53,3%).

No último sábado (18), houve o Dia D da vacinação em todo o Brasil. Em Curitiba, várias unidades de saúde recepcionaram as crianças com pipoca, balões, camarim de pintura, entre outros atrativos, para tornar a “picadinha” no braço menos dolorida. Do início do mês até a última segunda, foram aplicadas, na capital, 37.705 doses contra a pólio e 34.852 contra o sarampo.

Apesar da estatística, a prefeitura de Curitiba diz que “não se assustou” com os números, visto que a capital paranaense já havia atingido a meta de cobertura de vacinação contra estas doenças antes mesmo da campanha ser iniciada (95,8% para a tríplice viral, que compreende sarampo, rubéola e caxumba, e 92,9% para a pólio). E está em situação bem mais favorável que 312 cidades brasileiras, onde a imunização está abaixo dos 50%.

A meta do Ministério da Saúde com esta última campanha é vacinar pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças independente da situação vacinal delas (se já estavam ou não imunizadas), para manter alto o nível de imunização e minimizar a reintrodução destas doenças no país.

Entre os estados com melhor cobertura vacinal neste momento, estão: Rondônia, com 85,03% para a pólio e 83,45% para o sarampo, seguido por Amapá com 76,15% pólio e 75,96% sarampo. Entre as coberturas mais baixam, destacam-se: Rio de Janeiro, com 29,49% do público-alvo vacinado para pólio e 31,33% para sarampo e Pará, que tem 33,60% pólio e 33,59% sarampo.

“Importada”

Fazia 18 meses que o Brasil tinha sido declarado livre destas doenças. Com a vinda dos venezuelanos ao Brasil nos últimos meses – a Venezuela enfrenta surto de sarampo desde o ano passado – a doença ressurgiu em território brasileiro, principalmente nos estados de Roraima e Amazonas, portas de entrada dos imigrantes.

Até o dia 14 de agosto, foram confirmados 910 casos de sarampo no Amazonas e 5.630 permanecem em investigação. Já em Roraima, foram 296 casos confirmados e 101 continuam em investigação. Também há notificações de casos isolados em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Pará.

A Europa também enfrenta surtos de sarampo, principalmente França, Geórgia, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são 41 mil casos por lá, 23 mil deles só na Ucrânia.

Leve seu filho pra vacinar!

A campanha de vacinação vai até o dia 31 de agosto e devem ser imunizadas crianças de 12 meses a até cinco anos de idade, mesmo que já tenham sido vacinadas contra estas doenças. 110 unidades de saúde de Curitiba estão aptas a vacinar as crianças, de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

A atual campanha é para crianças. Porém adultos que não foram imunizados na infância contra o sarampo, ou não lembram se foram, também podem tomar a vacina a qualquer época. Basta procurar uma unidade de saúde para orientações.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, todos os anos o Ministério da Saúde faz campanhas de multivacinação, abrangendo todas as vacinas, para atualizar a carteira de saúde das crianças. Mas, este ano, por conta do surto de sarampo, decidiu focar nesta doença e na pólio.

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Tarefa dolorida