O valor da entrada de um imóvel pode ser motivo de dor de cabeça para as pessoas que desejam sair do aluguel. Com o intuito de facilitar a compra da primeira casa própria, a Prefeitura de Curitiba lançou nesta segunda-feira (28) o programa Casa Curitibana.
A iniciativa promete isenções fiscais e subsídio de R$ 10 mil que podem auxiliar no custeio da entrada do imóvel. De acordo com o presidente da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), André Baú, mais de 21 mil pessoas poderão se beneficiar com o projeto.
“Só hoje, na fila da Cohab, tem 21 mil pessoas, mas nós temos certeza que essa fila vai aumentar muito. Porque com a divulgação do programa, muitos curitibanos vão ter conhecimento disso e irão se inscrever”, explica.
De acordo com o município, é possível acumular o subsídio oferecido pelo Casa Curitibana com o de outros programas, como Casa Fácil Paraná e Minha Casa Minha Vida. André explica que, a depender da idade, renda e composição familiar, os beneficiários podem chegar a uma ajuda de R$ 90 mil.
“Muitas simulações que nós fizemos aqui para imóveis de R$ 220 mil, R$ 230 mil, ele praticamente acaba zerando o valor da entrada. Quando ele não zera, ele chega muito próximo, faltando R$ 8 mil, R$ 10 mil, R$ 15 mil. Tudo vai depender do benefício que ele tiver do Minha Casa Minha Vida e do valor do imóvel”, explica.
Para participar, o interessado deve ter uma renda familiar de até quatro salários mínimos, ainda não ter sido contemplado por outro subsídio e ser cadastrado na Cohab. É possível se cadastrar presencialmente nas Ruas da Cidadania, mediante agendamento pelo Agenda Online, ou de forma digital, no site da Cohab Curitiba.
André explica que os inscritos na Cohab, automaticamente, têm direito ao benefício do programa.
Fila da Cohab é problema há anos
André explica que o projeto tem como objetivo diminuir a fila da Cohab, um problema que existe há anos e que passa de gestão a gestão.
“O programa Casa Curitibana foi pensado a partir de dois pilares. Um deles é fomentar a construção de empreendimentos de habitação de interesse social e outro facilitar a aquisição”, explica.
Além do subsídio, a prefeitura anunciou que o novo programa municipal também assegura benefícios para construtoras:
- Isenção do Imposto Sobre Transmissão de Bens (ITBI);
- Isenção do ISS da obra e IPTU durante o período de obra;
- Isenção de taxas municipais incidentes desde a aprovação do projeto até a expedição do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras;
- Maior adensamento – passa de 80 unidades habitacionais (UH) por hectare para 200 UH por hectare – possibilitando mais imóveis no mesmo terreno.
“Isso incentiva muito as construtoras a produzirem habitação de interesse social que é o que nós precisamos para atender a fila”, explica.



