Bloqueio pode voltar

Litoral desmonta barreira sanitária, mas teme nova alta de infeções de covid-19

estrada litoral do Paraná
BR-277, no caminho para o Litoral do Paraná. Foto: Daniel Castellano/ Arquivo/ Gazeta do Povo

Depois de cerca de 20 dias impedindo a entrada de turistas, as cidades do litoral paranaense desmontaram na última segunda-feira (5) as barreiras sanitárias instaladas em 11 pontos de acesso às praias e cidades históricas.

Segundo as prefeituras, os bloqueios ajudaram a barrar a disseminação da covid-19 e a amenizar a situação de colapso do sistema de saúde na região – só em Guaratuba, as barreiras e outras medidas restritivas geraram redução de 61% na média móvel de infecções. Porém, a perspectiva de um fim de semana de circulação liberada traz novas preocupações aos gestores locais.

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“Retiramos as barreiras, mas não está tudo liberado, até porque o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, tem ficado com uma taxa de 90% de ocupação de leitos. Então a gente pode beirar um colapso de novo se não mantivermos os cuidados”, enfatiza o prefeito de Guaratuba, Roberto Justus (DEM).

Cada cidade publica os decretos com suas próprias regras, mas, de maneira geral, o acesso às orlas para prática de caminhadas e esportes está liberada. Apenas Matinhos mantém restrição na praia, com proibição de banho de mar e de sol.

Os hotéis também estão autorizados a receber hóspedes, desde que cumpram a ocupação máxima que varia de 30% a 50%, dependendo do município. Restaurantes e lanchonetes podem funcionar com ocupações restritas durante a semana. Aos domingos, no entanto, conforme o decreto estadual, os serviços de alimentação só funcionam na modalidade de entrega.

Risco continua

Instaladas a partir do dia 15 de março, após Curitiba decretar lockdown ao entrar na bandeira vermelha, as barreiras sanitárias permaneceram em funcionamento até 5 de abril, logo após o feriado de Páscoa. De acordo com a prefeitura de Paranaguá, somente em um bloqueio na BR-277 foram abordados mais de 47 mil veículos, sendo que cerca de 600 tiveram de dar meia volta e retornar porque não cumpriam as exigências para seguir adiante ou porque motorista e passageiros tinham suspeita de estarem infectados pelo coronavírus.

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