Caso Daniel

Inédito: adolescente disse que flagrou jogador Daniel dentro do quarto dos Brittes

Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Duas testemunhas do Caso Daniel foram ouvidas nesta terça-feira (26) em Foz do Iguaçu, região Oeste do Paraná. Uma das depoentes, que tem apenas 17 anos e é prima de Cristiana Brittes, contou uma história nova, que não ainda mencionado durante a investigação. Segundo a jovem, ela encontrou com Daniel dentro do quarto de Edison Brittes Jr e Cristiana, momentos antes dele ter enviado o polêmico áudio para um grupo de amigos.

“Desci para ir ao banheiro, que estava ocupado. Então como sou da família, tinha a intimidade de ir no banheiro do casal. A Cristiana tava ‘desmaiada na cama’, dormindo… e fui fazer xixi. Alguém entrou no quarto. Achei que era o Júnior e falei para não entrar que eu estava no banheiro, mas ele continuou vindo. Quando vi não era ele, mas sim o Daniel. Ele parou na porta e ficou me olhando por uns 3 segundos. Eu perguntei o que ele fazia ali, já que a festa era lá fora”, contou a jovem.

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Quando saiu, questionou Daniel sobre sua presença no quarto. “Perguntei o que ele estava fazendo e ele disse que precisava ir no banheiro. Ai falei ‘o que eles iam pensar se te pegaram aqui’. Ele disse que estava ciente, que eu tinha namorada e que ela era casada. Então eu disse tudo bem. Ele falou que ia usar o banheiro e ia sair. Eu falei ‘tá bom’ e pedi para ele fechar a porta quando saísse”.

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Ainda no depoimento, ela contou que foi assediada pelo jogador quando estava na casa. “Ele foi lá espiar. Ela estava fazendo uso do banheiro e ele permaneceu na porta, vendo que ela estava dento do banheiro, minutos antes daquele áudio que ele mandou que falava que ‘tinha uma novinha dormindo e uma coroa dormindo. Que o namorado dela não estava e o marido da outra também não”, disse o advogado Renan Pacheco Canto, advogado da família Brittes. “Ela retrata exatamente o que foi dito no áudio, que minutos depois foi enviado e aconteceu o entrevero”, acrescenta em entrevista ao Meio Dia Paraná, na RPC TV.

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Questionada sobre ter ajudado a limpar o sangue de Daniel espalhado pela casa, a jovem disse apenas que pegou a mangueira, fez um movimento com ela como se fosse limpar algo, e a fechou. A defesa dos Brittes tenta desqualificar a acusação de cooptação de menores imposta a todos seus clientes. “Não houve cooptação de menor. Ela foi convidada para ir para a festa, foi de Foz para Curitiba com o namorado, dormiu lá e permaneceu lá. Muito natural”, disse Canto.

A audiência de instrução do Caso Daniel será retomada no dia 1° de abril. Na semana passada foram ouvidas as testemunhas de acusação durante três dias de depoimentos no Fórum de São José dos Pinhais. A audiência vai definir se as acusações serão mantidas e se os réus vão a juri popular. Sete pessoas foram responsabilizadas e acusadas de participação na morte do jogador, em outubro do ano passado.

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