Aprovados no vestibular

“Impossível”: reitor da UFPR diz que tentou evitar cortes em lista retificada após erro

Ricardo Marcelo Fonseca, reitor da UFPR, promete investigação sobre erro em resultado do vestibular. Foto: Antonio More/Arquivo/Gazeta do Povo

O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Ricardo Marcelo Fonseca, deu mais detalhes sobre a sequência de fatos que levou à exclusão de 31 candidatos da lista de aprovados divulgada na última terça-feira (31) pela instituição. Em entrevista à RPC, Fonseca disse que a ideia original, após a detecção do problema, era abrir novas vagas para acomodar os estudantes retirados da primeira lista de aprovados. A medida, porém, foi barrada por restrições impostas pelo governo federal.

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Segundo o reitor, um comitê de crise foi criado pela universidade logo após a confirmação de que a primeira lista de aprovados estava errada. Quatro horas se passaram entre a divulgação dos nomes e a confirmação do erro feita a Fonseca. Entre as sugestões propostas pelo comitê estava a ampliação das vagas, principalmente para o curso de Medicina. A consultoria jurídica da UFPR e o Ministério da Educação, consultados pelo comitê, negaram essa possibilidade.

“A regulação interna para ampliação de vagas nas universidades, e em particular nos cursos de Medicina, são bastante restritivas. No que diz respeito ao curso de Medicina, que foi aquele que mais sofreu com essa situação, existe uma portaria do MEC de 2018 que proíbe tanto a criação de cursos novos como a ampliação de vagas. Do ponto de vista formal e jurídico, era impossível para nós, embora fosse o que pretendíamos desde o início, fazer uma ampliação de vagas interna para acolher todos esses estudantes cujos nomes equivocadamente estavam na primeira lista. Diante deste diagnóstico nós não tivemos alternativa, por mais amargo, duro que fosse, senão colocar a lista correta. Até para fazer justiça para aqueles que deveriam estar na primeira lista e não estiveram”, explicou Fonseca.

Uma sindicância foi aberta internamente e tem um prazo de 30 dias para apresentar mais detalhes sobre a sequência de fatos que culminou na retificação da lista de aprovados. Nenhum servidor será afastado do cargo antes do fim das investigações. Fonseca admitiu que a verificação que indicou o erro, feita quatro horas depois da divulgação da lista de aprovados, deveria ter sido feita antes da publicação dos nomes. Essa questão é prioritária na investigação.

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“É exatamente esse o ponto, é exatamente isso que deveria ter ocorrido. É isso que nós temos que apurar. Perceba que tanto o Núcleo de Concursos quanto a universidade são mundos cheios de infinitas especificidades, e nós iremos atrás. Eu reitero, não haja dúvidas de que todos os detalhes que envolvem isso que aconteceu serão apurados, e havendo responsabilização, elas ocorrerão. Mas a gente não pode antecipar ou presumir fatos ou eventos antes dessa apuração”, ponderou.

Frustração, indenização e críticas: reflexos do erro na lista de aprovados da UFPR
Para Fonseca, os prejuízos aos candidatos excluídos da primeira lista podem ser diminuídos conforme forem sendo feitas as chamadas complementares. O prazo para o processo de envio de documentos para o registro acadêmico se estenderá até as 23h59min do próximo dia 8 de setembro. Após esse prazo, caso haja a desistência por parte de algum dos aprovados, são feitas novas convocações até que todas as vagas dos cursos estejam ocupadas. Os editais com essas convocações são publicados no site oficial da UFPR.

“Eu quero neste momento apresentar esse lamento e essas desculpas institucionais e da nossa gestão. É um problema sério, ninguém desconhece o tamanho do drama que acontece agora, sobretudo dessas pessoas. Não quero diminuir isso em nenhum momento, e o lamento da universidade e as desculpas que nós apresentamos são sinceras. Estou bastante esperançoso que todo esse lamentável [episódio], que a universidade tanto lamenta, e que se solidariza tanto com os candidatos, candidatas e familiares, ele seja efetivamente minorado com as chamadas complementares. Isso eu digo não por uma esperança vã. Eu digo pelos números das chamadas complementares dos anos anteriores”, concluiu.

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