O Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), em Curitiba, realizou pela primeira vez uma cirurgia cardíaca operada por robôs. O procedimento foi comandado pelos cirurgiões cardiovasculares Vinicius Nicolau Woitowicz e Robinson Poffo – que é pioneiro em cirurgia robótica cardíaca no Brasil.

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O paciente operado tem 49 anos e foi diagnosticado com uma cardiopatia congênita, chamada de comunicação interatrial, que é uma abertura no coração que separa o átrio esquerdo do direito. Com a ajuda do robô Da Vinci, que possui quatro braços telecomandados pelo cirurgião por meio de uma mesa de controle com visão 3D e alta definição da área cirúrgica, os médicos realizaram pequenas incisões, similares a de uma videolaparoscopia, e corrigiram o defeito congênito, utilizando um fragmento de pericárdio bovino. ” A realização da primeira cirurgia robótica cardíaca foi um desafio executado com bastante cautela, responsabilidade e treinamento específico”, diz Dr. Woitowicz.

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Se não fosse realizada a correção por cirurgia, a anomalia poderia vir a causar hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca. O paciente descobriu o diagnóstico da doença cardíaca em um check-up de rotina, com queixas de cansaço. “Essa doença na maioria das vezes é identificada ainda nos primeiros meses de vida do bebê pelo pediatra. Porém, muitos descobrem somente mais tarde”, explica Woitowicz.

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Para Dr. Poffo, pioneiro da cirurgia robótica na especialidade da cardiologia no País, a realização do procedimento em Curitiba é um avanço para a medicina do Paraná. “É uma grande esperança e novidade para a população paranaense e do sul do País contar com a cirurgia robótica na especialidade da cardiologia, que tem como grande objetivo operar o coração sem a abertura do osso do peito. Técnica menos invasiva, segura e eficaz, usada no exterior há mais de uma década, fazendo que o paciente evolua de uma forma muito mais positiva”, diz Dr. Poffo.

Porque os médicos optaram pela cirurgia robótica

Devido as condições anatômicas do coração do paciente, não foi possível realizar o tratamento pelo cateterismo cardíaco. “Foi tentado de forma não invasiva, através do cateter fechar essa comunicação, mas não foi possível pela questão técnica e anatômica. Então esse paciente teria que fazer uma cirurgia de peito aberto, uma cirurgia tradicional do coração, mas com a robótica a cirurgia é feita com uma invasão e trauma cirúrgico bem menor”, explica o cardiologista do HNSG, Dr. Alexandre Alessi, que fez o acompanhamento clínico do paciente, pré e pós-cirúrgico.

Caso o paciente optasse pela cirurgia aberta o tempo de recuperação também seria bem maior – de 45 a 60 dias. Com a robótica a recuperação é de apenas 10 dias. “Sem dúvida nenhuma a robótica na cardiologia é um avanço na medicina. É passar de procedimentos mais agressivos, que causam processo inflamatório, mais tempo de internamento, risco maior de sangramento, dor maior no pós-operatório ao paciente, para uma situação com menos tempo no hospital, menos sangramento e processo inflamatório, além de ser menos agressivo. Isso porque não há corte no osso externo, os drenos utilizados são de tamanhos menores e as pinças do robô permitem chegar no local da cirurgia com maior precisão”, explica Alessi.

Entre as principais cirurgias cardiovasculares realizadas com o robô, estão as cirurgias valvares – principalmente mitral e tricuspide e a cirurgia de defeito do septo cardíaco.

Os instrumentais com tecnologia avançada, auxiliam o cirurgião a realizar procedimentos complexos com mais precisão, flexibilidade, amplitude e controle do que seria possível com técnicas tradicionais.

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