Litoral do Paraná

Homem que resgatou crianças de afogamento em Guaratuba morre no hospital

Desde o início da Operação Verão Paraná, em 21 de dezembro, já foram registrados 776 salvamentos e 13 mortes por afogamento no litoral. Foto: Divulgação/AEN

Um homem de 37 anos, morador de Fazenda Rio Grande, que conseguiu resgatar três crianças de um afogamento na praia de Coroados, em Guaratuba, no litoral do Paraná, na manhã deste domingo (03), morreu logo depois no hospital local devido à exaustão do salvamento. Outra morte por afogamento ocorreu na Ilha do Mel, durante a tarde.

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Conforme o tenente Carlos José Luiz, do 8.º Grupamento de Bombeiros, no litoral, o Corpo de Bombeiros foi acionada às 11h45 para resgatar três crianças vítimas de afogamento na praia de Coroados. Quando a equipe chegou à praia, as três crianças, de 8, 9 e 15 anos, moradoras de Curitiba, já estavam a salvo na areia, sem ferimentos graves. Mesmo assim, foram atendidas pelo Samu para garantir seu bem estar.

Já o homem de 37 anos que se atirou na água para salvá-las estava inconsciente, em parada cardiorrespiratória, e precisou de atendimento urgente dos bombeiros. Ele foi levado ao Hospital Municipal de Guaratuba, mas devido ao seu estado gravíssimo, morreu logo em seguida.

Mar “puxando”

Já na Praia das Paralelas, em Nova Brasília, na Ilha do Mel, um homem de 46 anos também morreu afogado, no meio da tarde deste domingo, e precisou ser tirado da água pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo o tenente, é muito comum as pessoas estarem se banhando na praia e de repente o mar começa a “puxar”. Tecnicamente isso é chamado de corrente de retorno, e foi o que aconteceu com as crianças em Guaratuba e também com o homem na Ilha do Mel. As pessoas são puxadas para o fundo e não conseguem retornar.

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“O mais comum é as pessoas tentarem nadar contra a maré, o que causa nelas uma enorme exaustão do corpo, além da adrenalina que sobe e consome ainda mais energia. O correto é, se a pessoa sabe nadar, tentar nadar em diagonal à correnteza ou tentar boiar, até chegar em algum banco de areia ou algum outro canto da praia onde ela possa sair ou esperar até ser encontrada”, explica o bombeiro.

Guarda-vidas

No ponto da praia onde as crianças se afogaram havia um posto de guarda-vidas, porém não havia profissionais dentro dela. O tenente explica que, nos fins de semana fora das temporadas, o Corpo de Bombeiros mantém guarda-vidas em apenas dois postos por município. Nos outros locais mantém placas de sinalização, para informar aos banhistas que o local não tem bombeiros à postos e que pode ser perigoso nadar por ali sem a supervisão profissional.

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“A orientação é, onde falta guarda-vidas, respeite a sinalização, não negligencie. Todo ambiente aquático é de alto risco. Evite entrar na água. A gente pensa que esse tipo de coisa só acontece com os outros. Mas o melhor é se precaver”, orienta o tenente.

O bombeiro ainda usa a frase popular “água no umbigo, sinal de perigo” para mostrar que nem sempre o umbigo é uma “marca” segura, pois a pessoa pode se desequilibrar e cair num buraco ou a correnteza ser tão forte, que impossibilita o banhista de voltar à margem.

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