O relacionamento de Camila dos Santos, de 17 anos, e Juliano Cesar Alves, de 22, acabou de forma trágica neste domingo (1º). Segundo investigações preliminares, o jovem é suspeito de ter matado Camila e depois ter tirado a própria vida com um tiro na cabeça. A tragédia aconteceu em um sobrado localizado na Rua Alexandro Glenski, na Vila Iguaçu 3, no bairro Ganchinho, em Curitiba.

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O casal veio de Palmas, no interior do Paraná, no final do ano e estava morando com a família de Camila. Na madrugada deste domingo, antes do crime, de acordo com declarações de José Carmo Ortiz, pai da jovem, eles chegaram ao sobrado por volta das 5h da manhã, discutiram e depois teriam ido dormir. Mais tarde, por volta das 6h, a irmã de Camila chegou ao sobrado e encontrou o casal morto no quarto. Camila estava com um tiro na boca e Juliano com um tiro na cabeça.  Ao lado da cama do casal os policiais encontraram uma solicitação de exame de gravidez.

“Abri a porta para eles às 5h e voltei a dormir. Acordei com minha filha que não mora com a gente batendo aqui em casa, e foi ela que encontrou os dois mortos no quarto” disse o pai.

Ainda segundo Ortiz, desde que chegaram a Curitiba, o rapaz estaria trabalhado com recicláveis e sua filha ficava em casa, no entanto, ela nunca teria relatado para a família que sofria ameaças ou agressões. “Não sabia que o Juliano tinha arma em casa e não via eles discutindo. Mas sei que eles terminaram e voltaram várias vezes. Agora ela estaria grávida de dois meses”. Juliano teria passagens pela polícia por envolvimento com o trafico de drogas.

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Mistério

A tragédia ainda não está totalmente esclarecida pela polícia. Duas cápsulas de pistola .40 foram encontradas no quarto, mas investigadores da Policia Civil, que retornaram à cena do crime algumas horas depois da retirada dos corpos, não encontraram a arma. Nesse intervalo várias pessoas, entre elas, familiares, vizinhos e curiosos, entraram no local.

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Outra questão que a polícia quer desvendar envolve o barulho dos tiros. Vizinhos afirmaram terem ouvido os disparos, mas no momento do crime, o pai que dormia no andar debaixo e os dois irmãos que estavam no piso de cima, no quarto ao lado, não teriam ouvido nada.

“Tudo está sendo investigado, o casal veio de Palmas e estaria morando com os pais dela. Há relatos que eles faziam uso de álcool com frequência e nesta madrugada, teriam chegado por volta das 5h, discutido e depois disparos foram ouvidos. Por volta das 6h, a irmã da moça achou o casal. O provável é que tenha sido homicídio, ele teria atirado contra ela e depois cometido o suicídio” informou o investigador Lima da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Curitiba (DHPP).

Segundo o investigador, a hipótese de que uma terceira pessoa esteja envolvida no crime está praticamente descartada. “Se houvesse um atirador os parentes teriam ouvido. Quanto à arma, duas capsulas de pistola foram encontradas, mas a pistola segue desaparecida. Um oportunista que entrou na casa mais tarde deve ter levado a arma do crime”.

O caso segue sob investigação da DHPP. Os corpos do casal foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Curitiba (IML).