A tentativa de furtar cabos de uma cabine de alta tensão, no Parque da Imigração Japonesa, à margem da Avenida Comendador Franco, no bairro Uberaba, em Curitiba, foi o fim da linha para Nilson Marcondes Martins, 44 anos. Durante a madrugada desta sexta-feira (10), mesmo com a placa indicando perigo, ele entrou na estrutura de concreto e sofreu descarga elétrica de 13.800 volts. Morreu na hora, abraçado ao transformador.

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Para os guardas municipais que encontraram o corpo de manhã, Nilson não agia sozinho. “O salão de eventos também foi arrombado e algumas grades de metal foram levadas. Esse tipo de furto, seja de cabos ou de outros objetos do parque, é frequente. Geralmente nos deparamos apenas como o estrago, desta vez tinha cadáver”, disse o guarda municipal Filla.

Nilson, e os supostos comparsas, cortaram os fios de um dos lados da cabine sem problemas, porque a corrente de energia era de apenas 127 volts. O cabo maior, que alimenta o transformador, também foi cortado, mas não o suficiente para interromper a passagem de força e quando Nilson se aproximou, sofreu o choque fatal.

Perigo

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Perto da cabine estava o alicate, próprio para cortar cabo de alta tensão, que foi usado por Nilson, e atrás os cabos menores que tinham sido cortados. Ainda havia corrente de eletricidade, por isso, dois técnicos da Copel ligaram um cabo ao transformador e fizeram o aterramento da energia, necessário para que a perícia e o recolhimento do corpo fossem feitos em segurança.

“Esse cabo maior tem um capa de proteção que neutraliza a energia, por isso conseguiram cortá-lo sem se ferir. Mas dentro da cabine a eletricidade continua correndo, é muito perigoso entrar nela, dificilmente se sai vivo”, explicou Carlos Quadri, eletricista da Copel.

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