A greve dos caminhoneiros programada para começar às 6h desta segunda-feira (01) não está interferindo nas estradas federais que atravessam o Paraná. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), todas as rodovias encontram-se com livre fluxo de veículos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial.

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No domingo (31), organizadores da paralisação fizeram uma panfletagem no Posto Costa Brava, na Régis Bittencourt, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

O presidente do Conselho Nacional dos Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, em um vídeo postado nas redes sociais reforçou que uma greve pode prejudicar a população caso alimentos e insumos não cheguem no destino como ocorreu em 2018 quando a greve durou 11 dias.

“Quem teria a culpa de desabastecimento do País se o movimento se prolongar por 3, 4, 5 dias, como foi na época do presidente Michel Temer, quando durou 11 dias, não são os caminhoneiros, é quem é responsável pela pasta. Se o presidente chamar para conversar no primeiro dia e resolver, todo mundo volta a trabalhar no dia seguinte. Até agora não teve diálogo com Conselho Nacional ou com a categoria” disse o presidente da CNTRC.

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Entre as principais reivindicações da categoria, os caminhoneiros reclamam da alta do preço de combustíveis e são contra a política da Petrobras, baseada na igualdade com os preços internacionais.

Outros pontos questionados são os baixos preços dos fretes e o descumprimento da lei que prevê o piso mínimo de fretes, medida cuja constitucionalidade está para ser analisada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Também pedem mudanças na BR do Mar, o marco regulatório do transporte marítimo, que incentiva a navegação por cabotagem, ou seja, entre os portos do país, além de melhores condições de trabalho, incluindo alterações nas regras de jornada e aposentadoria especial.

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As principais entidades à frente da grave são a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística), a ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil), e o CNTRC (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas).