Chamas em Colombo

Fumaça de incêndio em Colombo é sentida em Curitiba e Pinhais

A fumaça resultante de um incêndio que destruiu um depósito de recicláveis em Colombo chegou ao centro de Curitiba. Segundo moradores, o fogo começou na madrugada desta segunda-feira (05), por volta das 2h, e se alastrou de uma forma impossível de conter e salvar alguma coisa.

O fogo só foi contido por volta das 9h com muito trabalho do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Apesar do estrago, ninguém ficou ferido. O galpão, que fica em uma área residencial na Rua Antônio Amilton Trevisan, na Vila Zumbi dos Palmares, foi completamente destruído.

Dentro do local, segundo os bombeiros, havia vários tipos de produtos derivados de petróleo, como placas de fibra de vidro, isopor e produtos recicláveis em geral.
Uma máquina e um caminhão que estavam dentro do galpão também foram destruídos pelas chamas.

Muitos moradores ficaram preocupados, com medo por conta do barulho e das explosões, e saíram de casa. “Vimos quando o fogo começou e a preocupação era de que chegasse aos outros comércios e nas casas da vizinhança, que são todas muito próximas. Saímos de casa desde a madrugada”, disse Sebastiana Bernardo da Silva, 64 anos.

O dono do barracão não foi encontrado, nem pela reportagem da Tribuna, nem pelos bombeiros. Os vizinhos contaram que ele chegou há pouco tempo e estava começando a trabalhar no local. “Faz menos de três meses, o barracão era novo. Ele investiu bastante no espaço, com máquina cara, e agora perdeu tudo. Soubemos que quando soube da notícia entrou em estado de choque”, disse Reginaldo Campos, 44 anos, que trabalha ao lado com um comércio de borracha que, por pouco, não foi atingido.

“A preocupação de todos, inclusive dos bombeiros, era evitar que o fogo chegasse aos pneus. Se atingisse o nosso lado do terreno, seria uma tragédia porque o fogo não iria ter fim”, explicou. Reginaldo teve uma caminhonete queimada pelas chamas do fogo do vizinho.

Outra preocupação de todos na rua era com relação à fumaça, que tinha cheiro forte. Para descobrir se os moradores teriam que tomar algum tipo de cuidado com a saúde, uma equipe da Secretaria da Saúde de Curitiba foi ao local e, junto com a Defesa Civil, descobriram que a população poderia ficar despreocupada.

Em nota, a Defesa Civil informou que a fumaça que atingiu Colombo, municípios vizinhos e vários bairros de Curitiba não era tóxica e não representava riscos à saúde da população. A fumaça que se espalhou por várias regiões vizinhas no início da manhã ficou por todo o dia e se dissipou aos poucos.

Mesmo com a informação de que não haveria motivos para a população ficar preocupada, a Secretaria da Saúde de Curitiba alertou para que as pessoas que sentirem algum tipo de sintoma, procurem as unidades de saúde, que estão abertas e funcionando normalmente.

Estrago

O Corpo de Bombeiros enviou sete viaturas para dar atendimento ao incêndio. Ao todo, cinco caminhões e dois carros, com 20 homens, foram necessários e o trabalho deve continuar nesta terça-feira (06). Para os bombeiros, impossível dizer se o incêndio foi criminoso ou não.

“Essa é uma informação que só a perícia, depois de todo o trabalho de rescaldo, vai poder dar. Mas tudo indica que o fogo começou por um curto circuito”, disse o major Gross.

Para os moradores, a chance de ser algo por maldade também foi descartada. “Todos que moram aqui são pessoas humildes, nós estávamos vendo o crescimento do dono do galpão e todo mundo estava feliz com isso, impossível ser algo relacionado. Um curto circuito acontece e acaba com tudo de forma muito rápida, ainda mais com produtos recicláveis”, disse Reginaldo Campos.

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