Trio do crime

Fim de farra para traficantes que agiam no Centro

O rastreamento de um celular roubado de um estudante levou os policiais do 1º Distrito Policial a uma pensão no centro de Curitiba. O suspeito do roubo foi detido no local e também um haitiano que teria comprado o aparelho. No estabelecimento, que já vinha sendo investigado como ponto de tráfico de drogas, foram encontradas 60 pedras de crack prontas para a venda. Um adolescente de 17 anos e um rapaz foram capturados pelo crime.

O estudante foi assaltado próximo à Universidade Federal do Paraná, na Praça Santos Andrede, na noite de quarta-feira da semana passada. Com o rastreamento do celular, os investigadores do 1º Distrito chegaram à pensão. “As informações que eles obtiveram coincidiram com um levantamento anterior de esse hotel de alta rotatividade era um ponto de venda de drogas e receptação de objetos furtados”, explicou o delegado Gil Rocha Tesserolli.

Na tarde de quinta-feira os policiais foram até a pensão, que fica na Rua Conselheiro Laurindo, próximo ao Terminal do Guadalupe. Foram presos Wagner Gomes de Lara, 21 anos, Luis Felipe Suchevitzs do Nascimento, 19, conhecido como “Polaco”, e o haitiano Mikenson Josselin, 21, o “Nego Beiço”. O garoto de 17 anos foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente.

Presos

Luis foi reconhecido pela vítima do assalto como sendo o autor. Ele confessou o crime e disse ser usuário de crack. O rapaz teria vendido o celular para Mikenson, que foi autuado por receptação.

O haitiano contou que vive no Brasil desde maio de 2013. Ele disse que toda a família dele veio, aos poucos, para o país, em busca de melhores condições de vida e emprego. O rapaz disse que nunca foi preso e negou ter o apelido de “Nego Beiço”. “Nunca ouvi isso”, afirmou. Mikenson relatou que trabalhava na pensão, fazendo serviços como pintura.

Wagner negou estar envolvido com o tráfico de drogas. “A droga nem era minha. Estava dormindo quando os policiais chegaram”, comentou.