O abuso que teria sofrido uma menina de três anos e a possibilidade de omissão da escola onde tudo ocorreu fez com que familiares mobilizassem um protesto. Na manhã desta segunda-feira (12), algumas pessoas se uniram à dor da família da menina e todos se reuniram em frente ao Centro Municipal de Ensino Infantil (CMEI) Josephina da Silva Kluppell, Tia Totô, que fica em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

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Uma tia da menina contou à Tribuna do Paraná que o abuso aconteceu na última quinta-feira (8) e foi percebido pela mãe da criança no mesmo dia. “Ela foi para a creche, onde fica das 7h30 ao meio-dia. Quando chegou em casa, a mãe foi dar banho e viu que tinha sangue na calcinha”, disse a mulher, que a reportagem preferiu não identificar para não revelar a criança.

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Segundo a tia, a mãe questionou a criança e a menina contou o que tinha acontecido. “Ela disse que ‘um tio estranho’ colocou massinha na boca dela e depois colocou a mão na genitália”.

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Ao saber do ocorrido, a mãe procurou a polícia e também atendimento hospitalar. “Fizemos boletim de ocorrência e os pais foram ao hospital, onde foi chamado também a perícia do Instituto Médico-Legal (IML). No hospital, ela conversou com três psicólogos, além da perita, e para todos contou a mesma história, por isso todos disseram a mesma coisa: ela foi abusada sim”, disse a tia.

Internada no Hospital Pequeno Príncipe, a criança ainda não tem previsão de alta. À Tribuna do Paraná, a assessoria de imprensa do hospital confirmou o internamento, mas disse que o primeiro contato com um psicólogo aconteceu apenas nesta segunda-feira, desmentindo o que foi dito pela tia. Segundo o hospital, a criança continua internada desde sábado (10), em tratamento e já passou por alguns exames. Ainda não há previsão de alta, justamente pelo aguardo do resultado dos exames feitos e também do tratamento que o hospital está submetendo a menina.

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Protesto na escola

Desde quando a mãe descobriu o abuso, a família procurou a escola, mas a direção não teria sido muito atenciosa. “A mãe foi até a escola para saber o que aconteceu e a diretora chorou pela situação, mas disse que não poderia expor as professoras. Ninguém se mostrou solicito a nos ajudar”, denunciou a tia.

Conforme os familiares, a direção da escola não demonstrou interesse em resolver a situação. “E disseram à mãe que ninguém de estranho entrou lá, mas nós desconfiamos de que sim, pois como a escola está em obras, havia uma parte que estava bem à vista e era fácil entrar. Depois do ocorrido colocaram tapumes, mas antes não tinha”, detalhou.

Mobilizados em frente à escola, até com pneus espalhados pela Avenida Betonex, onde fica o CMEI, os familiares ameaçavam continuar por lá se não fossem atendidos. “O que nós queremos é chamar a atenção da escola para o problema, que precisa ser resolvido. Houve um abuso dentro da escola e isso não pode passar”.

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Polícia investigando

O abuso foi registrado na Delegacia de Piraquara, que ainda lida com a situação como suposto abuso sexual. A polícia informou que um inquérito foi aberto para apurar os fatos e que a guia para coleta de material da vítima foi expedida e entregue à mãe da criança. Ainda conforme a polícia, tanto a mãe, quanto os demais envolvidos, serão ouvidos no decorrer da semana e que, por enquanto, o delegado responsável pelo caso, Vitor Menezes, não vai falar sobre a situação para não atrapalhar as investigações.

O que diz a escola?

Em nota, a prefeitura de Piraquara informou que está colaborando com a investigação sobre o suposto caso de abuso sexual ocorrido no CMEI. Segundo a prefeitura de Piraquara, responsável pela escola, a equipe da unidade de ensino recebeu os pais e a comunidade para esclarecer dúvidas relacionadas aos procedimentos adotados e o funcionamento do local. “A Secretaria Municipal de Educação está prestando suporte para a família envolvida e atua para que o caso seja esclarecido o mais rápido possível‘, disse o órgão.

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