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Faltam banheiros públicos para os veranistas em Caiobá

Quantidade de banheiros públicos não atende à demanda da população. Foto: Chuniti Morikawa.
Quantidade de banheiros públicos não atende à demanda da população. Foto: Chuniti Morikawa.

A cada nova temporada o problema se repete: a quantidade de banheiros públicos nas orlas das principais praias da região quase nunca é suficiente para atender a demanda que cresce nesta época do ano. Em Matinhos, contudo, a questão vai além: banheiros químicos espalhados pelo calçadão e que poderiam ser usados por quem não está tão próximo de um dos quatro conjuntos de banheiros da Avenida Atlântica permanecem dia e noite trancados. Por isso, turistas que precisariam usá-los são obrigados a dar um jeitinho para aliviar a bexiga, nem que isso signifique correr rapidamente para casa.

Foi o que decidiu fazer o casal Patrícia dos Santos e Fábio Barbosa, que veio de São José dos Pinhais para aproveitar a semana e o feriado de carnaval em Matinhos. Por volta das 19h desta quinta-feira (8), eles tentavam usar um dos banheiros químicos colocados na Avenida Atlântica, mas não conseguiram. “Está tudo trancado. Agora mesmo nós estamos indo para casa porque aqui não achamos um banheiro aberto”, reclama Barbosa. “Desse jeito, vai tomar água como na praia?”, brincou.

Segundo Patrícia, os banheiros químicos espalhados pela orla de Caiobá já se encontravam trancados quando eles chegaram à cidade, no início da semana. “A primeira vez que vi os banheiros trancados, até pensei que era por causa do horário, já que era de noite, mas não. A semana toda eles estão aqui e ninguém consegue usar”, destaca.

No local apontado pelos turistas, dos quatro banheiros públicos apenas um tinha informe alertando para uso exclusivo de guarda-vidas. O restante não tinha indicação de exclusividade, mas estavam trancados.

Pouca sinalização

Já em relação aos banheiros públicos que são fixos na orla da praia, outro problema. Não há placas ou qualquer outro tipo de sinalização que indique a existência desses conjuntos, formados por dois banheiros femininos, um masculino e outros dedicado para cadeirantes. O casal Patrícia e Fábio, por exemplo, não sabiam que esses espaços são disponibilizados para os banhistas.

Situação semelhante à do gerente de marketing Renato Jah, de 35 anos, que veio de Maringá e que passou aperto nas areias de Caiobá por não saber que existia uma alternativa aos banheiros químicos trancados. “Com tanta gente assim, não sei por que não abrem. Seria mais fácil para todo mundo”, comentou.

Procurada, a prefeitura de Matinhos não se manifestou sobre assunto.