No ano de 1957, doze anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a atuação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no confronto foi desenhada em duas séries de Histórias em Quadrinhos.

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A Coleção ‘Aventuras – A Revista do Expedicionário‘ e a série ‘Histórias da FEB‘ foram produzidas para mostrar o heroísmo da participação dos pracinhas brasileiros em eventos históricos da guerra, como a batalha da tomada de Monte Castelo, na Itália, e também o cotidiano das tropas nacionais no teatro de guerra.

Algumas edições destas raras revistas em quadrinhos estão expostas pela primeira vez na mostra que marca reabertura do Museu do Expedicionário em Curitiba. A exposição dos HQs fica em cartaz até o final do mês de novembro. A entrada é franca.

Reforma e reabertura

Após ficar fechado para reformas, Museu do Expedicionário reabriu em agosto. Foto: Aliocha Mauricio/Arquivo/Tribuna do Paraná

Depois de ter passado por uma reforma nos últimos dois anos, que incluiu um processo de revitalização, o Museu do Expedicionário reabriu em agosto.

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A revitalização do espaço começou pelo piso que voltou a ser o original com tacos de madeira de 1946, limpeza do acervo e instalação de placas informativas em todas as salas.

Com a nova museologia, o visitante tem a possibilidade de observar de perto parte dos cerca de 25 mil itens do acervo do Museu do Expedicionário, entre objetos originais da guerra, como armas, fardas, bandeiras, medalhas e fotografias, além de réplicas de aviões e carros utilizados nos combates.

Horários e atrações

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O museu fica aberto de terça a domingo e recebe cerca de três mil visitantes por mês. Durante o passeio, é possível visitar salas como a dedicada ao Eixo Japão, Alemanha e Itália, com objetos da rendição e armas; a sala das enfermeiras, com objetos de campanha e uma maca original, com restos de sangue; a sala do inverno, com uma instalação que exibe como os soldados ficavam acampados e com itens do dia a dia dos soldados.

Há ainda uma sala dedicada à participação da Força Aérea, a “Senta a Pua”, que conta com diversas réplicas de aviões utilizados na Segunda Guerra, separados por modelo e nacionalidade.

Casa do Expedicionário é o segundo museu mais visitado do Paraná. Foto: Henry Milleo/Arquivo/Gazeta do Povo

Também foram instaladas placas informativas com detalhes sobre o acervo e história em português e inglês em todas as salas tornando o passeio mais interativo

A reforma faz parte das intervenções que estão sendo feitas desde setembro de 2017, quando o edifício e o acervo do museu foram doados ao Exército Brasileiro, com a responsabilidade de preservar a história e o imóvel, enquanto a Legião Paranaense do Expedicionário passou a cuidar da parte cultural e memória.

Quem comandou a mudança, foi a 2ª tenente Anna Juliacce, museóloga. “Nós queremos humanizar esses soldados, que são heróis”, diz Anna, que catalogou diversas peças, implementou rodízios na exposição e novos métodos de conservação dos objetos.

Encontro com pracinhas

Às quartas-feiras, no Museu do Expedicionário é possível conhecer alguns dos expedicionários que batalharam na Segunda Guerra Mundial, durante as reuniões da Legião Paranaense do Expedicionário, sempre às 16h. O encontro é aberto ao público e gratuito.

Serviço

Onde: Museu do Expedicionário (Rua Comendador Macedo, 655, Praça do Expedicionário)

Horário: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sábado, domingo e feriado das 10h às 12h e das 14h às 17h

Ingressos: gratuito

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