Lesões que não foram constatadas no primeiro exame de corpo de delito feito nos quatro suspeitos de envolvimento na morte de Tayná Adriane da Silva, 14 anos, surgiram no laudo complementar do Instituto Médico-Legal. De acordo com o Gaeco, exames complementares feitos sexta-feira reforçam a tese de que Sérgio Amorin da Silva Filho, 22 anos; Paulo Henrique Camargo Cunha, 25; Adriano Batista, 23, e Ezequiel Batista, 22, foram torturados para confessar a morte da garota.

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Os quatro suspeitos permaneceram na cadeia por 19 dias e foram soltos pela Justiça na segunda-feira, por falta de provas. Eles foram incluídos no programa de proteção a testemunha e deixaram o Paraná.

No início das investigações, então comandadas pelo delegado Silvan, do Alto Maracanã, eles foram submetidos ao exame de corpo de delito, que teria sido realizado em poucos minutos. Diante da denúncia de tortura feita por três deles ao Ministério Público, os detidos foram submetidos a novo exame, dessa vez, mais minucioso e demorado.

O resultado comprovou que eles sofreram lesões típicas de tortura, como marcas de algemas e violência sexual sofrida por um deles.

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Dúvida

A reportagem do Paraná Online tentou contato com a direção do IML para esclarecer se houve falha na realização do primeiro exame, mas não obteve retorno. A Secretaria de Segurança Pública informou que não iria se pronunciar e disse que o laudo está nas mãos do Gaeco.

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O delegado Guilherme Rangel, que assumiu as investigações, disse que já ouviu dezenas de pessoas a fim de tentar elucidar o caso. Dez suspeitos já teriam cedido material para exame de DNA, para confrontar com o esperma encontrado na roupa da garota.