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Estudo da UFPR reforça que variante do coronavírus é mais fatal entre jovens e adultos

Equipe médica e paciente em UTI exclusiva covid-19
Equipe médica atende paciente em leito de UTI para covid-19. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Pacientes jovens, com idade entre 20 e 29 anos, tiveram as taxas de letalidade por covid-19 triplicadas em fevereiro de 2021 no Paraná. É o que identificou o estudo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) , publicado na plataforma MedRxiv. O artigo assinado pela acadêmica do curso de Estatística da UFPR, Maria Helena Santos de Oliveira, em parceria com os pesquisadores Giuseppe Lippi (University of Verona) e Brandon Michael Henry (The Heart Institute).

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De acordo com o estudo, os grupos de idade apresentavam declínio ou estabilização das taxas de mortalidade desde setembro de 2020, mas no mês de fevereiro de 2021 mostrou um aumento de fatalidades entre quase todas as faixas etárias. O crescimento da letalidade para infecções pela covid-19 deve-se a nova cepa do vírus, identificada no Paraná no dia 16 de fevereiro.

A própria secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, ressaltou a idade das pessoas que precisam de internamento em Curitiba está baixando por dois motivos. Um deles é a vacinação das pessoas com mais idade e a outra é a mudança do vírus.

No período analisado, a taxa de mortalidade na casa dos 20 anos subiu de 0,04% para 0,13%. Para pacientes de 30 a 39 anos, a taxa subiu 93%.  O risco também aumentou 110% na faixa etária de 40 a 49 anos e 80% para indivíduos com 50 e 59 anos. Nenhuma alteração foi observada pela pesquisa nas taxas de mortalidade de crianças ou adolescentes.

“Apesar de não conseguirmos separar o efeito do colapso hospitalar do efeito da nova variante sobre a taxa de letalidade, vemos que a tendência do aumento na morte dos jovens após o surgimento da nova variante tem sido observado em diversos estudos, em outros estados brasileiros”, disse a pesquisadora Maria Helena”.

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A conclusão do artigo aponta ainda que as descobertas exigem investigação adicional imediata, mas já servem de alarme para a saúde pública, além de merecer uma resposta global para inibir a difusão global da nova cepa. Entre as medidas mais urgentes, são elencadas a necessidade de uma saúde pública local mais agressiva, intervenções e vacinação mais rápida.