A antiga estação ferroviária Estribo Ahu, no bairro Boa Vista, na Avenida Anita Garibaldi, em Curitiba, não apresenta boas condições estruturais. Cansados de ver a bela estrutura caindo aos pedaços, moradores colocaram uma faixa proibindo a passagem de pedestres naquele local. Segundo eles, a preocupação da comunidade é com as crianças que costumam passar pela região que abriga um colégio nas proximidades. Mas e aí, como que fica? Uma parceria entre a prefeitura de Curitiba e a Rumo Logística, concessionária responsável pela área de domínio do equipamento, projetam melhorias para o local para os próximos meses.

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Ao passar pela estação, que foi utilizada por trens que seguiam com destino a Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, a deterioração é visível. Com os dormentes quebrados e com os pilares podres, a chance do telhado desabar existe. Essa situação deplorável da estrutura pode provocar um acidente grave a qualquer momento.

Estação foi isolada por moradores que temem grave acidente por causa do estado deplorável da estrutura histórica. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Soeli Nascimento, 57 anos, passa pelo local diariamente para ir ao trabalho e relatou que o estado da estação é ruim faz tempo. “É meu caminho para o trabalho pela manhã e a noite. Faz tempo que está assim. As crianças usam ali como passarela, pois é menos perigoso, já que na tem a lombada elevada”, comentou Soeli em um papo com a Tribuna. 

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A preocupação na região não é somente com o abandono da antiga estação. O advogado Eduardo Jost, 44 anos, acredita que é preciso dar mais atenção ao bairro que, segundo ele, está órfão de boas ações. “Eu vi a faixa, mas o estado ruim da estação já é de longa data. Estamos abandonados“, ressaltou o morador do bairro. 

Além da precariedade na Estação Estribo Ahu, moradores cobram mais atenção da prefeitura de Curitiba para o bairro Boa Vista. Foto Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

A responsabilidade é de quem?

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Segundo nota da prefeitura de Curitiba, a faixa de domínio da ferrovia é de responsabilidade da concessionária Rumo. “Toda e qualquer intervenção, seja projeto ou obra nesses locais, depende de aprovação da concessionária que opera o trecho ferroviário“, diz a nota.

A prefeitura informou ainda que projetos executivos da parte estrutural, de restauro e também de acessibilidade para o pórtico do Estribo Ahu já estão concluídos por parte do Ippuc. Por exigência da Rumo, os projetos também foram aprovados em demais órgãos no âmbito municipal com a Autorização para a Execução de Obra (AEO) expedida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) e o orçamento elaborado pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP).

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O projeto consiste de seis lances de rampa, em conformidade com a NBR 9050, – a Norma da ABNT que trata da acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos e estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade, mais cinco degraus, rampa e patamar, corrimão, guarda-corpo e piso tátil. Além das construções novas, a adequação da escadaria existente contempla a substituição da estrutura de madeira por concreto dos quatro pilares que sustentam a cobertura, bem como a elevação da cobertura em 40 centímetros. Todas as intervenções respeitam as orientações da Rumo.

Partes da Estação Estribo Ahu estão podres e preocupam moradores. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Quando a estação Estribo Ahu será reformada?

Neste momento, estão em curso as aprovações de passagem de nível e paralelismo, a serem encaminhadas à Rumo para validação. A partir da aprovação pela Rumo será aberto o processo licitatório para a execução da obra. Declarada a empresa vencedora e assinada a Ordem de Serviço, a estimativa de tempo de execução de obra é de 90 dias.

Já a Rumo, informou também em nota que não se contrapõe a projetos que possam contribuir para o desenvolvimento da região, desde que respeitem as diretrizes da resolução 5956/21, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que define a execução de qualquer obra na faixa de domínio da ferrovia, além de todas as normativas técnicas aplicáveis à implementação do projeto em questão. Para a autorização é necessário a elaboração de projetos executivos que devem ser previamente aprovados pela concessionária e encaminhados para análise e autorização do órgão regulador.