“Eu trabalho de domingo a sexta das oito horas da manhã às seis da tarde e sou inocente”. As palavras são de Danylo de Freitas, de 27 anos. Ele é funcionário de um lava-car e foi preso em casa, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, na manhã desta terça-feira (2). Sobre o homem recai a suspeita de cometer pelo menos três assaltos – todos contra farmácias.

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O primeiro roubo foi em janeiro de 2016, no bairro Portão. Na ocasião, Freitas levou o dinheiro do caixa e do cofre e foi embora. Pouco mais de um mês depois, ele voltou ao estabelecimento para uma nova ação. “Pegou dinheiro do cofre, mas também rendeu funcionários e clientes e recolheu correntes, anéis e celulares das vítimas”, conta o delegado-adjunto da Delegacia de Furtos e Roubos da capital, Emmanoel David.

No fim de março, o suspeito teria agido contra outra drogaria da mesma rede, que fica no São Lourenço. “O modus operandi foi o mesmo: ele chegava, pedia medicamentos e rendia as vítimas com uma faca e muita violência. O rapaz nega a autoria dos crimes, mas quando foi preso estava com as mesmas roupas e o mesmo boné que usou durante um dos assaltos”.

“Sorria que eu estou te filmando…”

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Essa constatação foi possível porque todos os crimes foram registrados pelas câmeras de segurança dos estabelecimentos. Ele foi identificado pelas vítimas, mas ainda assim se diz injustiçado. “Maria não existe uma só. Uma pessoa não pode ser presa porque usa um boné igual ao de um bandido”, defende-se. Freitas também alega que estava trabalhando quando os crimes foram praticados e que tem como provar isso. “Não tem como uma pessoa estar em dois lugares ao mesmo tempo. Não existe clone”.

Fichado

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“Eu sou um rapaz de boa índole e sei que a Justiça vai ser feita”, afirma Freitas. Emocionado e com o olhar fixo no chão, ele não consegue explicar, todavia, como foi identificado como autor dos assaltos. “Ninguém merece estar aqui, ainda mais sem dever”.

O suspeito já tem antecedentes criminais e agora as investigações continuam para apurar se ele está envolvido em outros roubos. “Eu tenho passagem por uso de drogas, mas não fui indiciado”, enfatiza. Freitas está na carceragem da especializada, onde permanece à disposição da Justiça.