O disfarce de uma senhora ingênua com um suposto bilhete premiado de loteria, pedindo ajuda para descontar o prêmio, levou dezenas de pessoas a cair no chamado “golpe do bilhete premiado”. Quatro suspeitos – uma mulher e três homens – de integrar um grupo que praticava o crime em quatro estados foram detidos nesta quarta-feira (06).
De acordo com o delegado Wallace de Oliveira Brito, da Delegacia de Estelionato, Teresina da Luz Nunes Tamanho, 57 anos; Vanderson Gilberto Tamanho, 56, o “Charoles”; Joacir Santos da Silva Junior, 35; e Rafael Silva da Cunha, 29; foram presos no bairro Cajuru. Com eles foram encontrados bilhetes falsos de loteria e um papel com um endereço, que a suposta ganhadora diria à vítima que estava procurando.
O grupo vinha sendo investigado pela delegacia há três meses. O delegado contou que são mais de 100 vítimas no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Wallace explicou que a mulher abordava as vítimas, em locais próximos a bancos e casas lotéricas, e pedia ajuda. “Aí chega um terceiro, que também é comparsa, mas se diz alheio à situação, e diz que vai confirmar se o bilhete realmente é premiado”, afirmou. O criminoso forja uma ligação e “confirma” o que a mulher disse. Ele sugere comprar o bilhete junto com a vítima: os dois dividem e a pessoa acaba perdendo a quantia investida.
O delegado revelou que está sendo investigado se a quadrilha participou de um golpe em dezembro do ano passado, em que a vítima pagou mais de R$ 1 milhão aos criminosos, entre joias e dinheiro.