A diretora do programa de Holocausto e Extensão da Organização das Nações Unidas (ONU), Kimberly Mann, esteve em Curitiba para falar com estudantes universitários e professores no início desta semana. A ação foi promovida pela B’nai B’rith do Brasil e, além da capital paranaense, a diretora participou de eventos em São Paulo e em Porto Alegre.

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 “Todos os genocídios tem algo em comum, o importante é entender as causas”, disse Kimberly. De acordo com ela, os genocídios se iniciam com o preconceito, a intolerância e a discriminação. “As diferenças têm que ser celebradas, pois enriquecem a vida”, afirmou.

Nas palestras, realizadas na Universidade Positivo para os alunos do curso de Direito e na Pontifícia Universidade Católica (PUC) – na aula de abertura do 2º Semestre do curso em licenciatura em História –, Kimberly explicou o papel da ONU nas questões educacionais e sobre o programa de Holocausto, que desenvolve ações em mais de 60 países.

“As violações dos diretos humanos são diárias”, enfatizou a coordenadora do curso de História da PUC, professora Maria Cecília Pilla. “Gostaria que vivêssemos em uma sociedade onde não precisássemos falar tanto em direitos humanos”, ponderou ao final da palestra.

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O diretor de Comunicação da B’nai B’rith do Brasil, Leon Knopfholz, que representou o presidente da instituição, Abraham Goldstein, salientou que o estudo do holocausto é importante não só pela compreensão do fato, mas para evitar que novos genocídios ocorram nos diversos níveis, do cotidiano ao mundial.

Campanha

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Durante a estada em Curitiba, Kimberly acompanhou a entrega de 500 exemplares do livro “De Repente nas Profundezas do Bosque”, do autor Amós Oz, ao vice-governador e secretário de Educação, Flávio Arns, resultado de uma campanha da B’nai B’rith do Paraná contra o Bullying e o preconceito.

De acordo com Arns, a ação da B’nai B’rith do Paraná pode resultar em um projeto envolvendo toda a educação pública do Estado. Segundo ele, um grupo de técnicos da Secretaria de Estado da Educação lerá a obra para, junto com a entidade judaica, desenhar uma ação voltada às escolas públicas que poderá contar, por exemplo, com palestras.

“Todas as brigas, que geram os genocídios, têm como base a não aceitação do diferente”, destacou Gustavo Berman, presidente da entidade no Paraná. “Por isso, é importante uma campanha educacional envolvendo as crianças”, ponderou.