Polícia Civil

Delegados do caso Tayná são afastados das funções

Após denúncia de tortura sofrida pelos quatro suspeitos de assassinar a adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, no dia 28 de junho, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, o Departamento da Polícia Civil (DPC) afirma que está afastando temporariamente das funções policiais os delegados Agenor Salgado Filho e Silvan Rodney Pereira.

Quem assumirá a Divisão de Polícia Metropolitana, no lugar de Salgado Filho, é o delegado Jairo Estorilio, que estava lotado no 1º Distrito Policial. E a delegacia do Alto Maracanã, até então comandada por Pereira, terá como titular o delegado Erineu Sebastião Portes, que acumulará a função com a Delegacia de Colombo/Sede.

Segundo nota da polícia civil enviada à imprensa, o afastamento dos dois delegados é importante para que as investigações sobre o assassinato da menina Tayná ocorram de forma transparente e sem interferências.

Entenda o caso

Logo após o crime, a polícia apresentou Adriano Batista, 23 anos, Sérgio Amorin da Silva Filho, 22, Paulo Henrique Camargo Cunha, 25, e Ezequiel Batista, 22, como assassinos confessos da menina Tayná. Segundo relato dos quatro, apenas Adriano não teria consumado o estupro e o vilipêndio (violência sexual contra cadáveres).

Quando o corpo da vítima foi encontrado, todas as vestes estavam alinhadas e não havia sinais visíveis de agressão ou estupro. O laudo preliminar da perícia afirma que não houve estupro e que o sêmen encontrado na garota não é de nenhum dos quatro suspeitos.

Entretanto, teria sido, justamente, Adriano, quem mais teria apanhado, tendo um cabo de vassoura introduzida no ânus. O advogado dos suspeitos tenta provar que a confissão foi feita sob tortura e que eles não são os assassinos de Tayná.