Investigações!

Delegado licenciado, Matheus Laiola e ex-investigadores são alvo de investigação do Gaeco

Delegado Matheus Laiola foi alvo de uma operação do Gaeco nesta terça-feira
Delegado Matheus Laiola foi alvo de uma operação do Gaeco nesta terça-feira . Foto: Reprodução/Instagram.

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Curitiba, apreendeu na manhã desta terça-feira (19), dinheiro e uma arma durante o cumprimento de mandados em residências de um delegado licenciado e três ex-investigadores. Um dos nomes revelados é de Matheus Laiola, que esteve à frente da Delegacia do Meio Ambiente por três anos.

Segundo as investigações do Gaeco o grupo é suspeito de concussão, ou seja, quando um servidor se aproveita do cargo para exigir algum tipo de vantagem indevida. A investigação começou após denúncias realizadas em 2019, quando um posto de combustíveis foi notificado informalmente sem registro de Boletim de Ocorrência (B.O.) por irregularidade ambiental. Dois dias depois da notificação do delegado, os agentes teriam abordaram um funcionário administrativo do posto e o levaram até a delegacia para negociar a liberação dele e também a regularização do estabelecimento.

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A condição para isso, segundo o Gaeco, foi um pagamento em dinheiro. A princípio, de acordo com a operação, o grupo pediu o valor de R$50 mil, mas o dono do posto acabou baixando o valor e pagando R$ 10 mil pela liberação do funcionário.

E aí, Matheus Laiola?

Nas redes sociais, o delegado relatou que está tranquilo e que está cooperando com o Ministério Público. Além disso, acredita que o caso veio à tona após deixar a DPMA e confirmar que é pré-candidato a deputado federal.

“Recebi na manhã desta terça-feira (19), agentes do Ministério Público na minha residência. Muito estranho, pois os motivos da visita não têm qualquer relação direta comigo. São fatos ocorridos há quase 3 anos e coincidentemente no período que me afastei da chefia da DPMA e me tornei pré-candidato a Deputado Federal, os agentes foram até a minha residência para cumprir o mandado de busca e apreensão. Vou estar colaborando com qualquer investigação, entreguei os objetos solicitados como um aparelho celular e uma quantia em real. Reforço que estou sereno e confio plenamente na Justiça. Agradeço desde já o apoio de todos, e seguiremos ainda mais fortes no objetivo de servir e compartilhar boas ações. Nada vai me desmotivar na luta pela causa animal’, relatou nas redes.

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O advogado Ygor Salmen, que defende o delegado, reforçou também em nota que a investigação é totalmente injusta.

A busca e apreensão ocorrida na presente data, informo que se trata de uma investigação totalmente injusta, oriunda de uma denúncia anônima, ocorrida há mais de cinco anos, que sequer menciona o seu nome e é alvo de diversos questionamentos perante o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. O deferimento de uma medida cautelar sem a realização de uma oitiva prévia, qualquer fato contemporâneo e com uma decisão totalmente genérica, causa estranheza e perplexidade, ainda mais próximo ao período eleitoral, o que, por evidente, levanta uma série de questionamentos. Confiamos plenamente no Poder Judiciário e sabemos da sua plena inocência, uma pessoa idônea, que nunca teve qualquer problema criminal, tem dedicado à sua vida ao meio ambiente e, em breve, certamente vai construir um legado em Brasília”, diz a nota.