Assim como o preço das frutas e verduras – que subiram nos supermercados de Curitiba após o fim da greve dos caminhoneiros – o valor dos combustíveis também segue acima do cobrado antes da paralisação. De acordo com o site “Menor Preço”, o valor médio encontrado nos postos da capital nos últimos dias é de R$ 4,50 para o litro de gasolina e R$ 3,10 para o etanol.

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No Posto Nilo Cairo, no Centro de Curitiba, por exemplo, os valores negociados na manhã desta sexta-feira (1º) apresentam diferença de R$ 0,01 em relação à média. O preço da gasolina comum ali é R$ 4,49 e o do etanol é R$ 3,09. Antes da greve dos caminhoneiros, segundo o atendente Jean Alex Uliana, os preços estavam R$ 4,39 e R$ 2,99, respectivamente.

Já no Posto Petrobras da Rua Nilo Peçanha, no bairro Bom Retiro, os motoristas abastecem pelo valor de R$ 4,59 a gasolina e R$ 3,00 o etanol. “Estamos mantendo o mesmo preço que trabalhamos durante toda a greve”, informou um funcionário que preferiu não se identificar.

Além disso, o motorista ainda tem dificuldade para encontrar todos os combustíveis à disposição na cidade. Segundo o Sindicombustíveis – sindicato que representa os postos do Paraná – mais de 80% dos estabelecimentos de Curitiba e Região Metropolitana possuem algum produto para negociar na manhã desta sexta. No entanto, alguns “têm gasolina, mas não têm álcool ou diesel”, informou.

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Com isso, motoristas como Bruno Hrabovsky, de 29 anos, precisam pesquisar preço e disponibilidade de produtos. “Está tão alto o valor que eu decidi deixar meu carro em casa hoje para rodar a cidade de bicicleta em busca de um combustível mais barato”, afirmou. O rapaz, que trabalha como músico e precisa viajar para diversas cidades do estado, saiu do bairro Alto da XV no início da manhã e passou por quase 20 postos nos bairros Jardim Botânico, Tarumã, Bacacheri, São Lourenço, Centro e Ahú. “Na maioria deles, o valor é R$ 4,49 e o mais caro que eu vi estava vendendo a gasolina por R$ 4,69”.

Ao todo, o trajeto de bicicleta percorrido pelo atleta amador teve 35,7 quilômetros e duração de 1h30. “Eu achei um posto vendendo gasolina por R$ 4,33 no bairro Ahú. Então, voltei para minha casa, peguei o carro e acabei de abastecer”, comemorou o curitibano, às 11h. No caminho, ele viu que o Posto Shell, na Avenida Presidente Kennedy, no Parolin, vendia a gasolina por R$ 4,26. “Só que o combustível já estava acabando”.

Nota do Sindicombustíveis

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Segundo o Sindicombustíveis, a variação de preços durante e após a greve dos caminhoneiros não ocorreu como uma decisão dos postos de combustíveis. De acordo com a instituição, é comum os postos ficarem expostos e serem os mais cobrados a dar explicações, mas eles “têm o menor poder econômico para definir preços”, informou, em nota.

Na explicação do sindicato, é necessário avaliar fatores como elevação nos preços praticados pelas distribuidoras de combustíveis, novos aumentos da Petrobras, término de promoções e os custos de cada revendedor. “Informações disponíveis no mercado mostram que a Petrobras promoveu alta na refinaria nesta quinta-feira (31) e também ocorreu elevação do etanol nos últimos dias. O preço do etanol interfere diretamente na gasolina comum, pois por determinação legal a gasolina comum vendida no Brasil leva 27% de etanol da mistura”, explicou.

Com isso, o sindicato ainda não tem previsão de quando o preço do combustível voltará àquele praticado antes da greve e nem afirma que isso poderá acontecer.

https://www.tribunapr.com.br/noticias/economia/presidente-da-petrobras-pede-demissao-do-cargo/