Regulamentação e mobilidade

Adolescente fica ferida em primeiro acidente com patinete compartilhada em Curitiba

Acidente aconteceu no bairro Alto da XV. Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Uma adolescente de 15 anos ficou ferida, na tarde desta segunda-feira (27), no primeiro acidente grave envolvendo patinetes compartilhadas em Curitiba. A jovem, que estava na patinete, bateu de frente com uma bicicleta na ciclovia da Rua Padre Germando Mayer, esquina com a Rua Dias da Rocha Filho, no bairro Alto da XV, em frente ao Pollo Shop. O ciclista também ficou ferido e ambos precisaram de atendimento do Siate.

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O acidente ocorreu por volta das 14h40. Ninguém, além das próprias vítimas, testemunhou o acidente. O zelador Antônio Alves Martins, que trabalha varrendo as calçadas da Rua Padre Germano Mayer para os lojistas, trabalhava pintando o muro de um escritório quando ele e seu colega só ouviram o barulho da pancada e de algo caindo no chão. Quando olharam para trás, em direção á ciclovia, que fica do outro lado da rua, só viram as duas pessoas caídas no chão.

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O rapaz que estava na bicicleta, um catador de latinhas de 32 anos, foi levado com ferimentos graves ao Hospital Cajuru. A adolescente no patinete, que estava sem capacete, bateu forte com a cabeça no chão e também foi levada em estado grave pelo Siate, porém consciente, ao Hospital Evangélico. Ninguém sabe exatamente por qual motivo os dois bateram de frente, se algum deles se distraiu, se desequilibrou, passou mal ou se a jovem perdeu o controle da patinete.

Regulamentação

Em Curitiba, até onde se sabe, este foi o primeiro acidente com mais gravidade envolvendo patinete compartilhado. Mas em outras cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de janeiro, Florianópolis e Brasília, por exemplo, já ocorreram vários acidentes com feridos graves. Tanto é que em São Paulo já houve até uma regulamentação em relação ao uso deles. Lá, é proibido andar na calçada e exceder os 20 quilômetros por hora.

Em Curitiba, a prefeitura já começou a discutir uma regulamentação e diz até que já havia um texto praticamente pronto. “Ficou decidido que a regulamentação do serviço quem vai fazer é a Urbs, e a regulamentação do uso será feita pela Setran [Superintendência Municipal de Trânsito]. Mas vamos esperar a atualização do Contran para ficar um padrão. Se não, a gente põe uma regulamentação que depois tem que ser revista”, justifica Rosangela Batistella, superintendente municipal de Trânsito de Curitiba, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

Legislação vigente

Enquanto a regulamentação do Contran não vem, quem usa as patinetes deve seguir as atuais regras de trânsito, ou seja, onde há circulação de pedestres (calçadas), não pode ultrapassar os 6 Km/h. Nas outras vias (ciclovias, ciclofaixas e ruas), não pode andar a mais de 20 Km/h. Também é proibido estacionar bicicletas e patinetes no passeio livre, bem como nas pistas táteis de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, para não atrapalhar o fluxo de pessoas. Também é proibida a circulação em canaletas e faixas exclusivas do transporte coletivo.

Além das exigências da lei, a prefeitura ainda dá algumas orientações para boa convivência e segurança:

– Usar capacete

– Utilizara patinete em velocidade reduzida e dar preferência aos pedestres

– Evitar o “zigue zague” e passar entre os carros

– Nas esquinas, se o sinal está fechado, ciclistas e “patineteiros” devem respeitar o sinal igual aos demais veículos

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