Depois de a Prefeitura da Curitiba criticar abertamente e afirmar existir desigualdade na distribuição de vacinas contra a covid-19 em relação a centenas de municípios paranaenses, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital recebeu na sexta-feira (18), 34.710 imunizantes que proporcionaram a vacinação neste fim de semana para pessoas com 51 e 52 anos.

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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), são 28.380 doses da vacina Pfizer/BioNTech e 6.330 da CoronaVac/Butantan para a capital paranaense. As da Pfizer serão destinadas para trabalhadores da educação do ensino básico, ensino superior, assistência social e população em geral. Já os imunizantes da CoronaVac devem ser direcionados para gestantes e puérperas. 

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Beto Preto, secretário de Saúde do Paraná, ressaltou a agilidade no processo de entrega das vacinas para os municípios paranaenses, pois os imunizantes chegaram ao estado no fim da manhã de sexta.  “Recebemos os imunizantes nesta sexta-feira por volta das 10h e menos de oito horas depois já estamos distribuindo as doses aos municípios de forma igualitária. Para Curitiba, onde fica o Centro de Medicamentos do Paraná, já liberamos mais de 34 mil imunizantes para possibilitar a vacinação neste final de semana”, afirmou Beto Preto.

A Sesa também enviou mais 30 mil conjuntos de seringas de 1ml para a Capital, visto que a Pfizer/BioNTech exige insumos específicos para aplicação da vacina.

Semana foi de cobrança

Na quarta-feira (16), o prefeito de Curitiba Rafael Greca (DEM) reivindicou mais vacinas para Curitiba e disse que era inaceitável que a proporção de vacinados fosse diferente nos municípios. Segundo Greca, a capital estaria sendo prejudicada no número de doses. Na quinta-feira (18), a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, afirmou que o anúncio do governo do Paraná do calendário de aplicação da primeira dose da vacina de covid-19 até setembro não teve respaldo técnico, mas sim apelo político.

Em resposta, na tarde de sexta-feira (18), o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, classificou a reclamação da prefeitura de Curitiba como “bravata e fanfarronice”. “Em momento nenhum outros municípios receberam mais doses. Existem os diferentes grupos prioritários que possuem número de pessoas diferentes, nos municípios paranaenses. Em Curitiba, os idosos acima dos 60 anos são 16%, segundo o IBGE. Tem município no Paraná que esse número ultrapassa os 25%”, apontou. “O que não se pode é ficar fazendo bravata e fanfarronice. Temos que tratar abertamente, olho no olho, com respeito aos paranaenses”, comentou o secretário em entrevista para a RPC.