Imunização!

Curitiba divulga lista de comorbidades que dão direito à vacina contra covid-19. Entenda como será!

Vacinação contra a covid-19. Foto: Arquivo/Átila Alberti

Curitiba irá vacinar, logo após o encerramento da vacinação dos profissionais de saúde e idosos (60 anos ou mais) e quando houver imunizantes disponíveis, a vacinação de pessoas com comorbidades. Mas quem pode se encaixar nesse grupo para receber a vacina contra a covid-19? Entenda aqui na Tribuna como vai funcionar!

Em reunião com o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), a secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, definiu os detalhes deste importante momento da vacinação contra covid-19 em Curitiba. “Nosso objetivo é já deixar todos informados sobre as regras para esse grupo, para que todos tenham tempo hábil de se preparar”, disse.

Vacinação de pessoas com comorbidades em Curitiba

Seguindo orientação do Ministério da Saúde, o grupo das pessoas com comorbidades será vacinado por idade – ou seja, do mais velho para o mais novo. Pacientes com comorbidades que fazem parte do grupo prioritário e são acompanhados pelas unidades de saúde não precisarão apresentar nenhum documento extra.

Já os pacientes acompanhados pela rede privada precisarão apresentar uma declaração do médico que o acompanha, de acordo com o definido em reunião entre a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, CRM-PR e Unimed Curitiba. A declaração modelo será disponibilizada via Portal do CRM-PR para os médicos na próxima semana.  

O que são consideradas comorbidades

Veja as comorbidades estipuladas no Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação do Ministério da Saúde

– Diabetes mellitus (qualquer indivíduo com diabetes);

– Pneumopatia crônica grave (indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave com uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática).

– Hipertensão Arterial Resistente (pacientes cuja pressão arterial permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou com pressão arterial controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos).

– Hipertensão Arterial estágio 3 (pressão arterial sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo ou comorbidade)

– Hipertensão Arterial estágio 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade (pressão arterial sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade).

– Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association

– Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária

– Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo)

– Síndromes coronarianas crônicas (angina pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio)

– Valvopatias (lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico)

– Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática

– Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas (aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos)

– Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; entre outras)

– Cardiopatias congênitas no adulto com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico

– Doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular)

– Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e síndrome nefrótica

– Imunossuprimidos (indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas).

– Anemia falciforme

– Obesidade mórbida (IMC ≥ 40)  

– Síndrome de down (trissomia do cromossomo)

Além desses:

– Gestantes, em qualquer idade gestacional entre 18 e 59 anos

– Pessoas com deficiência permanente entre 18 e 59 anos e que sejam cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC)