Cresce a procura por doses da vacina contra a gripe nos laboratórios e clínicas de Curitiba. Na rede particular, a imunização começou em março, mas o início da campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde, na segunda-feira (17), levou a população a buscar a dose paga, que custa de R$ 75 a R$ 120. Este ano, até 18 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) registrou 12 casos de influenza e Síndrome Respiratória Aguda Grave no Paraná, com uma morte em Maringá e quatro casos na Grande Curitiba.
Mãe de duas meninas, Ana Laura, 4, e Maria Fernanda, 2, a médica Ana Carolina Rebolho recorre às clínicas para vacinar toda a família. ‘Tomo todos os anos, religiosamente. Sou profissional de saúde, a gente entra em contato com muitas pessoas sabidamente com vírus. E esta doença pode ser potencialmente grave, por isso, sempre que começam as campanhas, saio correndo para vacinar todo mundo lá em casa‘, conta.
Nos postos de saúde é ofertada a vacina trivalente; na rede particular estão disponíveis as duas variantes. Segundo o diretor médico do Laboratório Unimed, Mauro Scharf, a principal diferença é a proteção oferecida. ‘O que muda entre elas são as cepas que estão contempladas. A trivalente tem cepas do vírus influenza A H1N1, influenza A H3N2 e influenza B – Brisbane. Já a quadrivalente inclui mais cepas da influenza B, conta com o subtipo Phuket. Na prática, a tetravalente oferece a chance de proteger contra um vírus a mais‘.
Abaixo do esperado
Mesmo com aumento da procura nos últimos dias, o movimento é menor que o registrado no mesmo período de 2016, quando as clínicas registravam longas filas e listas de espera. ‘Preparamos milhares de doses de vacina para pode atender a população, visto que em outros anos esta vacina faltou em Curitiba. Estamos preparados para vacinar quase 20 mil pessoas, mas a procura ainda está em torno de 60 pacientes por dia, um pouco abaixo da nossa estimativa. Provavelmente é porque não esfriou tanto ainda, estamos com uma temperatura amena e as viroses ainda não chegaram com tanta força. Mas acreditamos que assim que o clima mude, a procura aumente‘, explica Scharf.
Na Clínica Paciornik, a demanda tem sido maior nos finais de semana. ‘Pessoas de todas as idades têm vindo procurar a vacina, optando geralmente pela tetravalente. Ainda temos em estoque. Devemos aplicar mais de 20 mil doses. Mas recomendo que as pessoas venham o quanto antes, até porque a vacina demora cerca de 20 dias para fazer efeito‘, orienta a enfermeira da unidade, Jenifer Gelenski.