O boato que circula pelas redes sociais de que a prefeitura de Curitiba estaria contratando vários coveiros para dar conta das mortes por covid-19 é fake news. No entanto, é verdade que a prefeitura busca um único agente funerário entre os 70 profissionais da área de saúde que estão com processo emergencial de contratação aberto. Mas vale destacar: agente funerário não é coveiro, não cava locais para corpos serem enterrados, o que reforça que o sistema funerário da cidade não está em colapso.

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As contratações são para suprir vagas em hospitais e unidades de saúde e também para inauguração de um novo hospital que, segundo declarou o prefeito Rafael Greca (DEM) nas redes sociais, deve ser aberto na Cidade Industrial (CIC) nas próximas semanas. A nova unidade vai atender casos leves de coronavírus.

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Os editais com as vagas estão publicados no site da Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba (Feaes), instituição de administração indireta da prefeitura. Também é verdade que o caráter de emergência dessas vagas é por causa da pandemia.

Anúncio da prefeitura de Curitiba de contratação de agente funerário.
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A Feaes lamenta o surgimento da notícia falsa da contratação de coveiros porque o tempo perdido para explicar fake news interrompe o trabalho administrativo da fundação. A Feaes explicou que os editais de contratação contêm vagas para médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais, como a vaga de agente funerário.

Agente funerário não é coveiro

Segundo explica a Feaes, o agente funerário não tem ocupação de coveiro. Ou seja, ele não é responsável por cavar covas e nem por enterrar pessoas mortas nos cemitérios. O agente funerário é responsável pelo Serviço de Constatação de Óbitos que precisa ser realizado em caso de mortes em hospitais, domicílios e, em algumas outras circunstâncias, como no caso de mortes na rua. É esse profissional quem despacha toda a papelada para o enterro, faz a comunicação com a família e aciona os órgãos responsáveis para cumprimento de trâmites, como, por exemplo, o Instituto Médico Legal (IML).

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O novo agente funerário que será contratado pelo município deve atender instituições administradas pela fundação, como o Hospital Municipal do Idoso, o Centro Médico Bairro Novo, o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs).

As vagas para contratação em caráter emergencial estão publicadas no site da fundação. Há apenas uma vaga para agente funerário. Porém, no primeiro edital havia a informação de que eram três vagas para esse profissional. A informação será corrigida. Em nota, Feaes esclarece que abriu contratação emergencial, em caráter temporário. “A contratação emergencial se justifica pelo fato de não haver banco de reserva de aprovados e a necessidade de estruturação do citado serviço”, esclarece a fundação.


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