A consulta pública online sobre a nova concessão do transporte coletivo de Curitiba registrou 537 manifestações entre 19 de setembro e 17 de novembro de 2025. O processo buscou coletar sugestões e propostas da população antes da publicação do edital e realização do leilão, previsto para o primeiro quadrimestre de 2026.
Segundo Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs (Urbanização de Curitiba S.A.), o número de participações foi expressivo e mostrou engajamento da população, empresas interessadas e entidades de classe. Os principais temas abordados foram: jurídico/contratual (48%), operacional (22%), econômico/financeiro/tarifário (6,6%), engenharia e infraestrutura (5,8%), e governança e processo (4,5%).
A nova concessão prevê investimentos de R$ 3,7 bilhões em 15 anos, incluindo a aquisição de 245 ônibus elétricos, 149 ônibus a diesel modelo Euro 6 e mais 1.084 veículos ao longo do contrato. O projeto também contempla a construção de dois eletropostos públicos, requalificação de 16 estações-tubo, reformulação de 30 itinerários e criação de cinco novas linhas.
O leilão será dividido em cinco lotes: dois de BRTs (linhas que circulam em canaletas exclusivas) e três regionais (Norte, Sul e Oeste). A transição para o novo sistema deve durar até dois anos, período em que a tarifa atual de R$ 6 não será reajustada.
Atualmente, o sistema integrado de mobilidade de Curitiba conta com 309 linhas, 22 terminais, 330 estações-tubo e frota de 1.189 ônibus, atendendo cerca de 555 mil passageiros pagantes por dia útil.
