Feminicídio

Morte de gerente de banco de Curitiba completa um mês e quatro são indiciados

Tatiana Lorenzetti foi assassinada a tiros em frente à agência da Caixa Econômica Federal, no bairro Capão Raso, em Curitiba. Foto: Reprodução/Facebook.

A morte da gerente de banco Tatiana Lorenzetti foi planejada. Essa foi a conclusão que teve a Polícia Civil ao investigar o assassinato que, nesta quinta-feira (28), completa um mês. Segundo as investigações, Tatiana foi morta a mando do ex-marido, o lutador Antonio Henrique dos Santos. O inquérito foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).

De acordo com a polícia, o ex de Tatiana foi indiciado por feminicídio. Outras três pessoas que teriam sido contratadas por Antonio para matar a mulher também vão responder pelo mesmo crime. Além dos quatro, um quinto homem também teria participado do crime. Ele teria sido o atirador e morreu em confronto numa perseguição policial logo após o crime.

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O assassinato de Tatiana aconteceu no dia 28 de dezembro de 2020, quando a gerente saia da agência da Caixa Econômica Federal em que trabalhava, no bairro Capão Raso, em Curitiba. Ela foi atingida por um tiro no rosto e morreu na hora.

Foto: Reprodução/Band TV.

Crime foi planejado por anos

Conforme as investigações da Delegacia da Mulher, o crime foi cometido a mando de Antonio, que foi preso no dia seguinte. A delegada Vanessa Alice, responsável pela apuração, chegou a dizer na época que o homem era o verdadeiro mentor da morte e que ele havia planejado o crime há pelo menos três anos.

A ideia de Antonio era, de acordo com o que a polícia descobriu, ficar com a guarda da filha de 10 anos, que teve com Tatiana. Com a guarda, ele planejava receber o seguro de vida que estava em nome da criança.

Para matar Tatiana, Antonio contratou um homem que fez o intermédio entre os outros três envolvidos, entre eles o atirador. O ex-marido pagaria R$ 3 mil para o intermediador e aproximadamente R$ 8 mil para cada um dos outros três envolvidos.

Investigação finalizada

O atirador morreu logo após matar Tatiana, durante uma perseguição policial. Antonio foi preso no dia seguinte. Os outros envolvidos foram presos na sequência e, conforme a polícia, todos foram indiciados por feminicídio, com as qualificadoras de motivo torpe e crime mediante pagamento. Com as investigações finalizadas, cabe agora ao MP-PR acatar ou não a denúncia e seguir com o trâmite comum.