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Como preparar os filhos para a volta às aulas

Foto: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto ilustrativa: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo

Voltar às aulas deve ser um momento esperado pela criança e também pela família. Este momento já faz parte do ambiente familiar, visto que a compra dos materiais, do uniforme, a preparação da agenda anual da família e da criança devem ser atividades trabalhadas em conjunto: o diálogo entre esses pares deve ser aberto e motivador, claro e organizado.

É uma nova etapa que todos passarão a assumir e vivenciar, seja ela a mudança para uma nova escola, a transição entre segmentos, a mudança de turno ou o recomeço de tudo; é um momento que deve ser discutido e preparado da melhor forma, mostrando os avanços que serão atingidos ou esperados para esta nova etapa, o equilíbrio que será tomado pela família na organização funcional e o apoio emocional que será ofertado para este momento. Com isso, todos devem se sentir seguros para as mudanças ou para a retomada de um novo passo nesse caminhar da vida.

Durante as férias, é importante que o estudante realmente possa descansar, vivenciar momentos em família, ter acesso à cultura, lazer, esportes e outros tantos fatores disponíveis.

A família pode propor momentos de leituras dos títulos literários da série ou nível a ser frequentado, estimulando o hábito como rotina, e propondo melhor organização para o início do ano letivo. Entretanto, o destaque é para o descanso: crianças e adolescentes precisam brincar, dormir, rir e sonhar.

Retorno

A maioria das crianças e dos jovens estão motivados com o início do ano letivo porque querem rever amigos, professores e fazer parte deste grupo chamado “escola”.

Na escola, eles fazem parte de um grupo que lhes permite ter um sentimento de pertencimento, um espaço para renovar e criar relações sociais.

Na escola, eles progridem em pensamentos, ações, amadurecem e passam a olhar o mundo de outras formas. Voltar para um novo lugar, ou para o mesmo lugar com novas possibilidades de amizades e aprendizado, é muito positivo.

É bom sentir isso pulsando no coração e na alma. E para que esse sentimento realmente seja efetivo, ele deve ser vivenciado pela família, que poderá fazer com que os jovens se sintam motivados para novas expectativas, desafios e responsabilidades.

Crianças do século XXI querem ser protagonistas de suas histórias, querem também ajudar a decidir alguns aspectos que os envolverão durante o ano ou a etapa que iniciarão, mas também é importante que compreendam que podem decidir junto aos pais, mães e responsáveis, e que a autonomia é construída por meio da execução das responsabilidades: ela é conquistada no dia a dia.

Eles podem e devem ser ouvidos, sempre dentro do limite do adulto. Todos querem estar na escola de um jeito ou de outro, basta entender ou mostrar como é bom crescer e aprender.

Pais, professores e educadores devem ter a mesma linguagem: a linguagem do afeto e a linguagem do limite, aquela que demonstra amor, mas que também demonstra responsabilidade no jeito de ser e de fazer, de dar e receber.

Depois da família, a escola é o segundo mundo social que os pequenos fazem parte; é um espaço de convivência e de aprendizagem que desenvolverá habilidades e competências que eles irão aplicar na vida real.

Por isso família e escola devem estar em sintonia, com confiança e parceria. O momento de voltar às aulas deve ser prazeroso e importante para todos que estão envolvidos no processo, deve ser valorizado e vivido na sua essência maior…

Aprendendo cada dia sempre mais e melhor.

*Claudia Martins de Souza é psicopedagoga e coordenadora do Ensino Fundamental Anos Finais no Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)