Só alegria!

Feliz aniversário! Veja como estão os quíntuplos do Paraná um ano depois

Família é de Chopinzinho, mas os quíntuplos nasceram em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. Foto: Reprodução/Instagram @quintuplosdoparana

Um ano de muita correria e aprendizado. Assim é a vida de muitos casais que estão tendo que cuidar dos filhos em um período extremamente desafiador dentro de uma pandemia. Se uma criança já resulta em inúmeras consequências, já imaginou cuidar de seis? Sendo aí que cinco são gêmeos e que precisam de total atenção durante 24 horas por dia. Uma rotina de superação e sacríficos para cuidar dos quíntuplos Luís Henrique, Jhordan, Tiago, Laura e Antonella, que completam nesta quarta-feira (02), um ano de vida. O lar desta turminha ao lado dos pais Aniele Kurtel e Luiz Fernando Araújo, é em Chopinzinho, cidade no Sudoeste do Paraná. Além das crianças, o casal ainda conta o Davi luca, de 7 anos, filho do primeiro relacionamento da Aniele.

A Tribuna do Paraná acompanhou a história antes mesmo do nascimento dos quíntuplos que ocorreu em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, e até ajudou em uma campanha de doação de fraldas.  Por não ter na cidade natal uma estrutura tão grande, os pais procuraram um hospital maior para ter os bebês. Os primeiros quíntuplos do Paraná, são fruto de concepção natural e por nascerem prematuros, ficaram 86 dias internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Rocio para ganhar peso e aumentar a imunidade. No retorno para casa, foi realizada uma força-tarefa para levar as crianças com segurança em uma van fornecida pela prefeitura de Chopinzinho. No veículo, uma equipe médica pediátrica acompanhou a viagem de quase 400 km.

A rotina na casa começa cedo e sempre multiplique por cinco. São 50 fraldas por dia, cinco berços, cinco carrinhos, cinco banhos e com um mínimo de 40 mamadeiras. Luís acorda às 6 horas da manhã para iniciar os preparativos para o que terá pela frente. A primeira ação está na preparação do leite para os filhos, pois alguns tem restrições alimentares. Por isto, no quarto dos bebês, tudo é muito bem sinalizado com cartazes avisando qual o leite para cada criança. Além disto, na mamadeira está escrito o nome dos pequenos.

“Eu preparo a mamadeira com muita calma. Eles são bonzinhos demais e não incomodam. Depois de dar a mamadeira, eles voltam a dormir e acordam ali por 8 horas. A partir daí a mãe toma conta o dia inteiro, pois vou trabalhar”, afirmou Luís que é vendedor em Chopinzinho. A mesa em que os pequenos se alimentam é especial e feita sob medida.

Mesa é especial e permite que todos interajam durante as refeições. Foto: Reprodução/Instagram @quintuplosdoparana

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Durante o dia, Aniele tem a ajuda do filho Davi Luca. Com a pandemia, o menino não está tendo aula presencial e auxilia a mãe no cuidado com os irmãos. Inclusive, é a única colaboração que Aniele recebe atualmente. No começo da chegada dos filhos na cidade, as avós se revezaram na casa até para dar aquele apoio familiar. Com o novo coronavírus, as visitas foram completamente cortadas e raramente são vistos por alguém da cidade. “A gente não é muito de sair e agora menos ainda. No começo, foram poucas visitas até pela imunidade deles que eram baixas. Agora com a pandemia, eles ficam somente em casa e quando saímos, damos apenas uma volta no carro”, comentou o pai que trocou o veículo por um de sete lugares.  

À noite, o processo do banho é intenso e dura praticamente uma hora contabilizando a troca da roupa. A agilidade dos pais começou no hospital em Campo Largo, quando tinham a possibilidade de aproveitar o tempo para treinar com as crianças com o auxílio da equipe de enfermagem. Após o banho, mamadeira e soneca. “Eles dormem muito bem e sou o responsável pela noite. A ideia é deixar que a Aniele descanse neste período. Quando um chora, nem sempre os outros acordam. Agora eles estão entendendo mais e ficam esperando a gente abrir a porta com sorrisos. É espetacular”, ressaltou o pai coruja.

Neste primeiro ano, algumas características já são percebidas nos quíntuplos. O  Luís Henrique é o mais brincalhão, o Jhordan é o sério da galera, o Tiago ganhou o título de carinhoso, a Laura é a meiga e Antonella, a bagunceira.

Turminha na sequência, da esquerda para a direita: Laura, Tiago, Jhordan, Luis e Antonella. Foto: Reprodução/Instagram @quintuplosdoparana

Sem festa

Com a pandemia, o sonho da festa do primeiro ano dos quíntuplos foi adiado. O bolo vai ser somente para as pessoas de casa, mas mesmo assim, a comemoração promete ser intensa emocionalmente. “A gente passou por tanta coisa e por muitas dificuldades. É uma vitória e nunca perdemos a fé. Estamos bem, com saúde e está valendo cada minuto. Agradeço até hoje todas as ajudas que recebemos e temos força. Estamos ainda no começo, pois temos uma vida longa pela frente”, completou Luiz Fernando.

Foto: Reprodução/Instagram @quintuplosdoparana
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