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Com menos restrições, acidentes aumentam e hospitais têm fila de ambulâncias em Curitiba

Com menos restrições da pandemia, acidentes aumentam e hospitais ficam lotados
Fila de ambulâncias nesta madrugada em Curitiba. Foto: Tony Matozo / RPC

Uma fila de ambulâncias para dar entrada no pronto-socorro do Hospital do Trabalhador, na noite de sexta-feira (9), em Curitiba, foi motivo de preocupação para as equipes de saúde da capital. Havia pacientes esperando atendimento em macas do lado de fora. Segundo a diretoria do HT, a fila ocorreu por causa do aumento no registro de traumas por acidentes de trânsito, principalmente envolvendo motocicletas.

As vagas nos leitos do setor de urgência e emergência da instituição entraram no sistema chamado de vaga zero, quando não há mais como receber pacientes. Com isso, outros dois hospitais da cidade, o Cajuru e o Evangélico Mackenzie, também acabaram sentindo os efeitos da alta demanda por leitos e zeraram as vagas até a madrugada deste sábado (10).

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Segundo o diretor do HT, Geci Labres, um dos motivos para a lotação foi o aumento da mobilidade urbana. “O aumento da mobilidade urbana faz com que os acidentes possam acontecer. Nós do Hospital do Trabalhador, recebemos muitas vítimas de acidentes de moto. E esse foi o motivo da sobrecarga. Não sei se foi exatamente o mesmo nos outros pronto-socorros. Os pacientes que nós recebemos eram vítimas de acidente automobilístico”, disse Labres neste sábado, em entrevista para o jornal Meio Dia Paraná, da RPC.

Ainda de acordo com o diretor, o HT ainda seguia lotado nesta manhã. “Os nossos pacientes que chegaram ao hospital de ambulância eram graves, alguns inclusive estão aguardando cirurgia e nós ainda deveremos, ao longo do dia, estar com dificuldade de receber novas ambulâncias. Estamos com prognóstico positivo [falando da pandemia], mas devemos evitar outras causas de ter que procurar hospital. Por exemplo, evitando acidente doméstico e acidente automobilístico”, orientou o diretor.

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O Hospital Cajuru, em nota, informou ao Meio Dia Paraná que houve uma alta na demanda de traumas e casos clínicos no pronto-socorro, na noite de sexta-feira, e o hospital acabou solicitando à regulação de Curitiba para organizar os encaminhamentos. E, na manhã deste sábado, a situação no Cajuru estava normalizada. 

Também em nota ao jornal, o Evangélico informou que chegou a ficar com atendimento restrito, no sistema vaga zero, das 21h30 de sexta-feira até as 3h do sábado.

Menos restrições com a bandeira amarela

Na quinta-feira (8), passou a vigorar a bandeira amarela de alerta ao novo coronavírus em Curitiba. O anúncio foi feito pelo prefeito Rafael Greca na quarta-feira (7) e comentado em entrevista coletiva pela secretária de saúde Márcia Huçulak. 

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Apesar da liberação de bares, teatros, cinemas e outras atividades culturais, a secretária enfatizou que as medidas sanitárias devem continuar sendo seguidas. “A pandemia não acabou. Tenho muito receio da bandeira amarela, porque a sensação é de que está tudo liberado. Não é vida normal. O que vai nos permitir flexibilizar são as medidas e o trabalho de toda a sociedade. Uso de máscaras, manter os ambientes ventilados, uso de álcool em gel”, ponderou Huçulak.

Curitiba deve permanecer com medidas menos rígidas pelo menos até o próximo dia 21, quando o decreto da bandeira amarela vence.