Colégio em Quatro Barras está em situação lastimável

Problemas de infraestrutura incomodam quem estuda ou trabalha no Colégio Estadual Elias Abrahão, localizado no Jardim Menino Deus, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A construção que serve de sede à instituição foi feita no ano de 2005, mas vários trabalhos parecem inacabados.

“Existem fissuras nas lajes, o rejunte das paredes está caindo, o revestimento do piso da calçada está soltando, não há acesso para cadeirantes e a parte elétrica precisa de revisão, sendo que os alunos e professores sentem, com frequência, cheiro de queimado. Algumas tomadas da biblioteca e da sala de informática não estão funcionando”, denuncia o vereador Roberto Carlos, que tem um filho de 11 anos estudando no colégio.

Para a cozinheira Juraci Bestel, mãe de um aluno de 15 anos, o que mais incomoda são as goteiras que se fazem presente no refeitório, em alguns pontos dos corredores e salas de aula.

“Muitas vezes, quando chove, os funcionários da escola precisam interromper as aulas para secar as salas. No refeitório, os estudantes também não conseguem fazer o lanche de forma tranquila”, diz.

Já o assessor de gabinete, Adilson Daniel, pai de três adolescentes, de 18, 16 e 11 anos, afirma que a escola não tem ligação com a rede de esgoto e que os dejetos provenientes da instituição são despejados diretamente em um córrego próximo, gerando poluição ambiental. “Meus filhos reclamam muito do cheiro ruim na escola, principalmente quando faz calor. É um absurdo esse tipo de problema acontecer”.

A Elias Abrahão tem 770 alunos de quinta a oitava série e ensino médio nos turnos da manhã, tarde e noite. Segundo Roberto, antes da atual sede ser construída, a instituição funcionava junto com uma escola municipal, dividindo espaço físico com a mesma.

“A população desejou bastante a construção de uma sede própria para o colégio. Porém, a obra foi mal feita e agora as pessoas se incomodam com os problemas existentes. Queremos que o governo estadual resolva a situação e abra licitação para que uma empresa realize as reformas necessárias”, declara. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informa, através de sua assessoria de imprensa, que não tem nenhum pedido de reforma feito pela diretoria do colégio.