As cinzas do soldado Lisandro Lara de Moraes, de 29 anos, que morreu depois de 12 dias internado no Hospital do Trabalhador, foram jogadas ao mar. A cerimônia, feita junto com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), aconteceu na manhã desta quarta-feira (23), em Paranaguá, litoral do Paraná.

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Esta foi a primeira vez que uma cerimônia assim aconteceu na Polícia Militar do Paraná. As lágrimas dos familiares e dos policiais amigos do soldado misturavam-se com os pingos de chuva que caiam no momento da homenagem.

“Perdemos um amigo”, disse o tenente-coronel.
Foto: Divulgação/Cabo Valdemir da Luz. 

O policial militar foi ferido a tiros em janeiro ao intervir em uma tentativa de roubo a um estabelecimento comercial no bairro Fazendinha. “Ele estava de folga e agiu em defesa de outras pessoas numa uma situação de roubo, na qual acabou sendo baleado, passou por um período de internamento, vindo a óbito posteriormente”, disse o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante do Bope.

Para o ato, uma equipe do Bope seguiu em comboio até o litoral do Estado, junto com a família do soldado Lara. “Perdemos um amigo, um policial dedicado, por isso hoje não podíamos deixar de comparecer nesta despedida e a pedido da família”, lamentou o comandante do Bope.

“A missão do meu filho não para por aqui”, disse
a mãe. Foto: Divulgação/Cabo Valdemir da Luz. 
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A mãe do soldado, Sandra Goli, recebeu um arranjo de rosas brancas do Bope como homenagem e sinal de respeito da unidade pelo policial e pela família. Para ela, a cerimônia foi um dos momentos mais bonitos que já vivenciou. “A Polícia Militar sempre estará junto de nós e é uma das coisas que conforta o coração, além de saber que meu filho foi muito querido por todos e sempre fez de tudo pela corporação. A missão do meu filho não vai parar por aqui e estarei lutando para que outras famílias não sintam o mesmo que nós quando o perdemos”.

As cinzas foram jogadas ao mar com o apoio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), que cedeu uma lancha de patrulhamento para levar todos ao ponto escolhido. O momento foi de muita emoção, principalmente para os pais do soldado Lara, que não seguraram as lágrimas pela dor de perder um companheiro.

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O policial militar, que nasceu em 31 de outubro de 1987, era solteiro e não tinha filhos. Ele entrou para a corporação em julho de 2010 e, desde a inclusão no Batalhão de Operações Especiais (Bope), havia passado pela Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), pela Equipe de Negociação e do Comandos e Operações Especiais (COE) e estava lotado na Companhia de Polícia de Choque quando morreu.

Foto: Divulgação/Cabo Valdemir da Luz. 

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